Infância
"Para mim todos os anos são os da criança. Eu disse várias vezes que fui um menino pobre. Mas era muito feliz. Tinha de meu os brinquedos dos outros e os meus próprios sonhos. Eu gostava muito de dormir ao vento, sob as árvores verdes e sabiás. Dos muitos sonhos que tive na infância um segue a minha lembrança até hoje. O de continuar um pouco o Zunga com a vontade de nunca prejudicar e humilhar ninguém."(Texto lido em show da rede Globo - 1978)
Dedicação
"Para apoiar o Segundinho, aprendi a falar em italiano para ajudá-lo, quando ele teve aquele problema nos olhos. Tive que levá-lo para Holanda, para fazer uma operação chamada trabeculotomia. Eu queria tanto saber como estava indo meu filho, sofria tanto, que acabei aprendendo a falar italiano, pois os médicos só me atendiam nesta língua. Naquele tempo e não falava inglês."(Entrevista ao jornal O Globo em 1978)
"Acho que é um predestinado. Só Deus pode explicá-lo. Ele tem seus problemas pessoais como qualquer ser humano e supera tudo trazendo paz, amor e dedicação. Roberto ilumina os que estão tristes e com problemas." (José Nogueira em entrevista à Vera Marchisiello, em 20/04/95.)
Biografia Resumida:
Nome completo: Roberto Carlos BragaApelidos de infância: Zunga, Zunguinha Nascimento: 19 de abril de 1941, Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo Filiação: Robertino Braga e Laura Moreira Braga Irmãos: Lauro Roberto Braga (1932), Carlos Alberto Braga (1933) e Norma Moreira Braga (1935). Escolas que estudou em Cachoeiro: Colégio Jesus Cristo Rei, Grupo Escolar Graça Guárdia e Liceu Muniz Freire (antigo Pedro Palácio). Cursos paralelos: Piano no Conservatório de Música de Cachoeiro, orientado pelas professoras Helena Gonçalves e Elaine Manhães Costa e Violão orientado pelo maestro José Nogueira. Casamentos: Cleonice Rossi (1968-1978) Myrian Rios (1980-1989) Maria Rita Simões Braga (1996, falecida em 1999) Filhos: Ana Paula Rossi Braga, Rafael Carlos Torres Braga, Roberto Carlos Braga Segundo e Luciana Rossi Braga.
O começo em Cachoeiro de Itapemirim
No outono de 1941, no dia 19 de abril, nascia em Cachoeiro de Itapemirim, pequena cidade do interior do Espirito Santo, o quarto filho do Sr, Robertino Braga e Dona Laura Moreira Braga. Naquele dia, Norma, Lauro e Carlos Alberto ganhavam mais um irmão, o caçula Roberto Carlos. Seu Robertino era o relojoeiro da pacata cidade e Dona Laura, costureira. A família Braga morava no Centro, numa casa modesta no alto de uma ladeira. "Zunga" foi apelido que Roberto recebeu ainda na infância. Era uma criança normal e alegre, que adorava descer de bicicleta a ladeira perto de sua casa, empinar pipa e jogar futebol. Acompanhado dos amigos, costumava banhar-se na águas do Rio Itapemirim, onde, com o pai e os irmãos mais velhos, aprendeu a pescar. Com seis anos foi matriculado no Colégio de freiras Jesus Cristo Rei. Tempos depois, na Jovem Guarda, sua segunda professora do Cristo Rei, Irmã Fausta, lhe daria o medalhão que até hoje não tira do pescoço. Roberto Carlos era uma criança calma e sonhadora, muito agarrado com sua mãe, que passava horas ouvindo rádio, demostrando muito interesse em música. Aprendeu os primeiros acordes de violão com sua mãe e, depois no Conservatório de Musica de Cachoeiro, onde chegou a aprender também violino.Dona Elaine Manhães, professora de piano do menino Zunga e diretora do Conservatório de Música, lembra que Roberto era um dos poucos alunos do sexo masculino que estudavam música, atividade na época reservada às meninas. "Ele estudava duas vezes por semana e tinha facilidade de aprender de ouvido", disse. Melhor aluno durante os dois anos que estudou no Conservatório, era sempre incumbido de fazer o encerramento das audições. Roberto Carlos gostava de cinema e era freqüentador assíduo das matinês de domingo, divertia-se com as comédias e filmes de aventura e emocionava-se com os romances, além de jogar bola de gude na terra de chão em frente sua casa. Sua verdadeira paixão, no entanto, era a música. Seu primeiro ídolo era Bob Nelson, um artista brasileiro que vestia-se de caubói, cantava músicas cowtry em português. Roberto gostava de cantar suas músicas. Roberto tinha nove anos quando, sua mãe, dona Laura, lhe sugeriu cantar na Rádio Cachoeiro de Itapemirim, prefixo ZYL9, no programa de Jair Teixeira, apresentado naquele dia por Marques da Silva. O menino Zunga, forte, baixinho e usando topete, se apresentou na rádio Cachoeiro, num Domingo, para cantar o bolero "Amor y más amor" para um público de 250 pessoas que se encontrava na rádio. "Nunca fiquei tão nervoso na minha vida. As pernas tremiam . Eu pensava que isso fosse só uma força de expressão, porque a té então não tinha sentido isso. Que coisa impressionante!" relembraria, anos depois. A Regional ZYL-9, da rádio, se encontrava de folga e naquele domingo o Maestro José Nogueira teve que acompanhar os músicos que se apresentavam com seu violão de 7 cordas, que muitos anos depois quando Roberto Carlos foi Cachoeirense Ausente nº 1, Zé Nogueira o deu de presente. Roberto Carlos levou o primeiro lugar na classificação e ganhou um punhado de balas. Mais dois domingos sucessivos o Zunguinha ganhou o primeiro lugar. A Rádio Cachoeiro, então, o convidou para fazer um programa infantil, despertada por tamanho talento. Dona Laura arrumava o filho com roupas feitas por ela mesma. Roberto Carlos cantava e impressionava a todos com sua afinação e talento natural para a música. Assim , ainda na infância, a paixão pela música estava em seu coração. Seus pais gostariam que ele fosse médico, mas em nenhum momento deixaram de incentivar a vocação do filho. Roberto havia escolhido a música. O menino começou a frequentar aulas de violão e percorria cerca de 4 km de sua casa até a casa de seu professor Zé Nogueira. Naquela época Zé Nogueira fazia parte da regional ZYL-9, juntamente com Mozart Cerqueira, Ângelo Santos, Valdir de Oliveira, Amilton, Zuzu, Gegê, Dico, Moacyr Borges e Adir Boiadeiro. Na direção da Rádio Newton Braga (irmão mais velho de Rubem Braga), Wilson Rezende e Armando Moraes. Em 1953, então, Roberto Carlos, filho do relojoeiro Robertino Braga, apresentava um programa de 15 minutos, com grande audiência. O horário era de 12:30h às 12:45h e o jovem cantava em português, italiano e espanhol. Pouco tempo depois, Roberto Carlos gravava sua primeira música em Cachoeiro: um bolero composto por Joel Pinto. Naqueles anos vinha a consagração do jovem cantor, que já assistia dos palcos a formação de fãs-clubes. Na Casa do Estudante foi formado o Conjunto Zé Nogueira, com apresentações sempre aos domingos, com Roberto Carlos e Nilo Corrêa. Quando não cantava, Roberto Carlos batia o bangô e as maracas. O maestro José Nogueira recorda com detalhes: "era um garoto caprichoso e tinha uma caderneta onde anotava atenciosamente letras, tonalidades vocálicas e posições do instrumento. Sempre cauteloso, observava se o violão estava afinado e confiria seus tons de voz." A mãe de Roberto, Dona Laura, sempre mostrava-se preocupada com a saúde do filho, reclamava pelas noites perdidas do jovem músico. Naquela época fazíamos vários shows beneficentes, diz Nogueira. Em compensação, todas as flores que Roberto ganhava das fãs, ele dava para mãe que fazia questão de levá-las para enfeitar o altar da Catedral de São Pedro, como forma de agradecimento. A irmã Fausta de Jesus Horta, uma de suas primeiras professoras no Colégio Jesus Cristo Rei, lembra de Roberto como aluno dedicado, alegre, brincalhão e muito paparicado. Foi ela quem deu de presente a Roberto o medalhão com a imagem do Coração Eucarístico de Jesus, do qual o Rei nunca se separa.
"Para mim todos os anos são os da criança. Eu disse várias vezes que fui um menino pobre. Mas era muito feliz. Tinha de meu os brinquedos dos outros e os meus próprios sonhos. Eu gostava muito de dormir ao vento, sob as árvores verdes e sabiás. Dos muitos sonhos que tive na infância um segue a minha lembrança até hoje. O de continuar um pouco o Zunga com a vontade de nunca prejudicar e humilhar ninguém."(Texto lido em show da rede Globo - 1978)
Dedicação
"Para apoiar o Segundinho, aprendi a falar em italiano para ajudá-lo, quando ele teve aquele problema nos olhos. Tive que levá-lo para Holanda, para fazer uma operação chamada trabeculotomia. Eu queria tanto saber como estava indo meu filho, sofria tanto, que acabei aprendendo a falar italiano, pois os médicos só me atendiam nesta língua. Naquele tempo e não falava inglês."(Entrevista ao jornal O Globo em 1978)
"Acho que é um predestinado. Só Deus pode explicá-lo. Ele tem seus problemas pessoais como qualquer ser humano e supera tudo trazendo paz, amor e dedicação. Roberto ilumina os que estão tristes e com problemas." (José Nogueira em entrevista à Vera Marchisiello, em 20/04/95.)
Biografia Resumida:
Nome completo: Roberto Carlos BragaApelidos de infância: Zunga, Zunguinha Nascimento: 19 de abril de 1941, Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo Filiação: Robertino Braga e Laura Moreira Braga Irmãos: Lauro Roberto Braga (1932), Carlos Alberto Braga (1933) e Norma Moreira Braga (1935). Escolas que estudou em Cachoeiro: Colégio Jesus Cristo Rei, Grupo Escolar Graça Guárdia e Liceu Muniz Freire (antigo Pedro Palácio). Cursos paralelos: Piano no Conservatório de Música de Cachoeiro, orientado pelas professoras Helena Gonçalves e Elaine Manhães Costa e Violão orientado pelo maestro José Nogueira. Casamentos: Cleonice Rossi (1968-1978) Myrian Rios (1980-1989) Maria Rita Simões Braga (1996, falecida em 1999) Filhos: Ana Paula Rossi Braga, Rafael Carlos Torres Braga, Roberto Carlos Braga Segundo e Luciana Rossi Braga.
O começo em Cachoeiro de Itapemirim
No outono de 1941, no dia 19 de abril, nascia em Cachoeiro de Itapemirim, pequena cidade do interior do Espirito Santo, o quarto filho do Sr, Robertino Braga e Dona Laura Moreira Braga. Naquele dia, Norma, Lauro e Carlos Alberto ganhavam mais um irmão, o caçula Roberto Carlos. Seu Robertino era o relojoeiro da pacata cidade e Dona Laura, costureira. A família Braga morava no Centro, numa casa modesta no alto de uma ladeira. "Zunga" foi apelido que Roberto recebeu ainda na infância. Era uma criança normal e alegre, que adorava descer de bicicleta a ladeira perto de sua casa, empinar pipa e jogar futebol. Acompanhado dos amigos, costumava banhar-se na águas do Rio Itapemirim, onde, com o pai e os irmãos mais velhos, aprendeu a pescar. Com seis anos foi matriculado no Colégio de freiras Jesus Cristo Rei. Tempos depois, na Jovem Guarda, sua segunda professora do Cristo Rei, Irmã Fausta, lhe daria o medalhão que até hoje não tira do pescoço. Roberto Carlos era uma criança calma e sonhadora, muito agarrado com sua mãe, que passava horas ouvindo rádio, demostrando muito interesse em música. Aprendeu os primeiros acordes de violão com sua mãe e, depois no Conservatório de Musica de Cachoeiro, onde chegou a aprender também violino.Dona Elaine Manhães, professora de piano do menino Zunga e diretora do Conservatório de Música, lembra que Roberto era um dos poucos alunos do sexo masculino que estudavam música, atividade na época reservada às meninas. "Ele estudava duas vezes por semana e tinha facilidade de aprender de ouvido", disse. Melhor aluno durante os dois anos que estudou no Conservatório, era sempre incumbido de fazer o encerramento das audições. Roberto Carlos gostava de cinema e era freqüentador assíduo das matinês de domingo, divertia-se com as comédias e filmes de aventura e emocionava-se com os romances, além de jogar bola de gude na terra de chão em frente sua casa. Sua verdadeira paixão, no entanto, era a música. Seu primeiro ídolo era Bob Nelson, um artista brasileiro que vestia-se de caubói, cantava músicas cowtry em português. Roberto gostava de cantar suas músicas. Roberto tinha nove anos quando, sua mãe, dona Laura, lhe sugeriu cantar na Rádio Cachoeiro de Itapemirim, prefixo ZYL9, no programa de Jair Teixeira, apresentado naquele dia por Marques da Silva. O menino Zunga, forte, baixinho e usando topete, se apresentou na rádio Cachoeiro, num Domingo, para cantar o bolero "Amor y más amor" para um público de 250 pessoas que se encontrava na rádio. "Nunca fiquei tão nervoso na minha vida. As pernas tremiam . Eu pensava que isso fosse só uma força de expressão, porque a té então não tinha sentido isso. Que coisa impressionante!" relembraria, anos depois. A Regional ZYL-9, da rádio, se encontrava de folga e naquele domingo o Maestro José Nogueira teve que acompanhar os músicos que se apresentavam com seu violão de 7 cordas, que muitos anos depois quando Roberto Carlos foi Cachoeirense Ausente nº 1, Zé Nogueira o deu de presente. Roberto Carlos levou o primeiro lugar na classificação e ganhou um punhado de balas. Mais dois domingos sucessivos o Zunguinha ganhou o primeiro lugar. A Rádio Cachoeiro, então, o convidou para fazer um programa infantil, despertada por tamanho talento. Dona Laura arrumava o filho com roupas feitas por ela mesma. Roberto Carlos cantava e impressionava a todos com sua afinação e talento natural para a música. Assim , ainda na infância, a paixão pela música estava em seu coração. Seus pais gostariam que ele fosse médico, mas em nenhum momento deixaram de incentivar a vocação do filho. Roberto havia escolhido a música. O menino começou a frequentar aulas de violão e percorria cerca de 4 km de sua casa até a casa de seu professor Zé Nogueira. Naquela época Zé Nogueira fazia parte da regional ZYL-9, juntamente com Mozart Cerqueira, Ângelo Santos, Valdir de Oliveira, Amilton, Zuzu, Gegê, Dico, Moacyr Borges e Adir Boiadeiro. Na direção da Rádio Newton Braga (irmão mais velho de Rubem Braga), Wilson Rezende e Armando Moraes. Em 1953, então, Roberto Carlos, filho do relojoeiro Robertino Braga, apresentava um programa de 15 minutos, com grande audiência. O horário era de 12:30h às 12:45h e o jovem cantava em português, italiano e espanhol. Pouco tempo depois, Roberto Carlos gravava sua primeira música em Cachoeiro: um bolero composto por Joel Pinto. Naqueles anos vinha a consagração do jovem cantor, que já assistia dos palcos a formação de fãs-clubes. Na Casa do Estudante foi formado o Conjunto Zé Nogueira, com apresentações sempre aos domingos, com Roberto Carlos e Nilo Corrêa. Quando não cantava, Roberto Carlos batia o bangô e as maracas. O maestro José Nogueira recorda com detalhes: "era um garoto caprichoso e tinha uma caderneta onde anotava atenciosamente letras, tonalidades vocálicas e posições do instrumento. Sempre cauteloso, observava se o violão estava afinado e confiria seus tons de voz." A mãe de Roberto, Dona Laura, sempre mostrava-se preocupada com a saúde do filho, reclamava pelas noites perdidas do jovem músico. Naquela época fazíamos vários shows beneficentes, diz Nogueira. Em compensação, todas as flores que Roberto ganhava das fãs, ele dava para mãe que fazia questão de levá-las para enfeitar o altar da Catedral de São Pedro, como forma de agradecimento. A irmã Fausta de Jesus Horta, uma de suas primeiras professoras no Colégio Jesus Cristo Rei, lembra de Roberto como aluno dedicado, alegre, brincalhão e muito paparicado. Foi ela quem deu de presente a Roberto o medalhão com a imagem do Coração Eucarístico de Jesus, do qual o Rei nunca se separa.
A HISTÓRIA DE ROBERTO CARLOS
Infância
Nascido no interior do Espírito Santo, na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, é o quarto e último filho do relojoeiro Robertino Braga e da costureira Laura Moreira. A família morava no bairro do Recanto, numa casa modesta, no alto de uma ladeira. Os demais membros da família eram: Lauro Roberto Braga, Carlos Alberto Braga e Norma Moreira Braga, a qual Roberto Carlos carinhosamente chamava Norminha.
Apelidado na infância como "Zunga", ainda criança aprendeu a tocar violão e piano - a princípio com sua mãe e, posteriormente, no Conservatório Musical de Cachoeiro de Itapemirim. O ídolo na época era Bob Nelson, um artista brasileiro que se vestia de cowboy e cantava música "country" em português.
Incentivado pela mãe, cantou pela primeira vez em um programa infantil na Rádio Cachoeiro, aos nove anos. Apresentou-se cantando o bolero "Amor y más amor". Como prêmio pelo primeiro lugar, recebeu balas. O cantor recordaria anos depois o momento, relatado na obra "Roberto Carlos em Detalhes", de Paulo Cesar de Araújo: "Eu estava muito nervoso, mas muito contente de cantar no rádio. Ganhei um punhado de balas, que era como o programa premiava as crianças que lá se apresentavam. Foi um dia lindo." Tornou-se então presença assídua do programa, todos os domingos acreditando no seus sonhos de cantar.
Durante a infância sofreu um acidente ferroviário, que feriu gravemente sua perna, que teve de ser amputada, substituida por uma prótese.
Infância
Nascido no interior do Espírito Santo, na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, é o quarto e último filho do relojoeiro Robertino Braga e da costureira Laura Moreira. A família morava no bairro do Recanto, numa casa modesta, no alto de uma ladeira. Os demais membros da família eram: Lauro Roberto Braga, Carlos Alberto Braga e Norma Moreira Braga, a qual Roberto Carlos carinhosamente chamava Norminha.
Apelidado na infância como "Zunga", ainda criança aprendeu a tocar violão e piano - a princípio com sua mãe e, posteriormente, no Conservatório Musical de Cachoeiro de Itapemirim. O ídolo na época era Bob Nelson, um artista brasileiro que se vestia de cowboy e cantava música "country" em português.
Incentivado pela mãe, cantou pela primeira vez em um programa infantil na Rádio Cachoeiro, aos nove anos. Apresentou-se cantando o bolero "Amor y más amor". Como prêmio pelo primeiro lugar, recebeu balas. O cantor recordaria anos depois o momento, relatado na obra "Roberto Carlos em Detalhes", de Paulo Cesar de Araújo: "Eu estava muito nervoso, mas muito contente de cantar no rádio. Ganhei um punhado de balas, que era como o programa premiava as crianças que lá se apresentavam. Foi um dia lindo." Tornou-se então presença assídua do programa, todos os domingos acreditando no seus sonhos de cantar.
Durante a infância sofreu um acidente ferroviário, que feriu gravemente sua perna, que teve de ser amputada, substituida por uma prótese.
Início: mudança para o Rio de Janeiro
Na segunda metade dos anos cinqüenta, mudou-se para Niterói. Seguindo a tendência juvenil da época, entrou em contato com um novo ritmo musical, o Rock, passando a ouvir Elvis Presley, Bill Haley, Little Richard, Gene Vincent e Chuck Berry.
Em 1957, Arlênio Lívio, um colega de escola, levou Roberto Carlos para conhecer um grupo de amigos que se reunia na Rua do Matoso, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Lá conheceu Sebastião (Tim) Maia, Edson Trindade, José Roberto "China" e Wellington. Formou com Arlênio, Trindade e Wellington o primeiro conjunto musical, The Sputniks. Certa vez, ele precisava da letra de "Hound Dog" - e o grande fã de Elvis Presley daquela turma de amigos era Erasmo (Carlos) Esteves. Desta forma, Roberto Carlos conheceu aquele que se tornaria o maior parceiro musical.
Tim Maia saiu dos Sputiniks e o grupo foi desfeito.
Edson Trindade, Arlênio e China formaram o grupo The Snakes, chamando Erasmo para ser crooner.
A carreira solo de Roberto foi iniciada no mesmo ano como "crooner" da boate do Hotel Plaza, em Copacabana, cantando samba-canção e bossa nova.
The Snakes acompanhavam tanto Roberto Carlos quando Tim Maia, contudo ambos nunca fizeram parte do grupo, Roberto Carlos passou a se apresentar com freqüência em clubes e festas. Roberto foi convidado por Carlos Imperial a se apresentar no programa musical "Clube do Rock", da TV Tupi. Carlos Imperial costumava apresentar Roberto Carlos como o "Elvis brasileiro" e Tim Maia como o "Little Richard brasileiro". No final daquela década, Roberto gravou alguns compactos e iniciava sua carreira oficialmente.
Em 1959, Roberto Carlos lançou "João e Maria/Fora do Tom", um compacto simples. Dois anos depois, ele lançava o primeiro álbum, "Louco Por Você". Imperial compôs boa parte das canções deste disco. O LP não teve sucesso, e hoje Roberto Carlos renega este LP.
Anos 1960: a Jovem Guarda
Roberto Carlos insistiu em investir na música jovem da época, o rock, e em 1962 lançou "Splish Splash". Com o amigo Erasmo, Roberto compunha versões de hits do álbum e canções próprias como "Splish Splash" e "Parei na Contramão", que se tornaram grandes sucessos. No ano seguinte, o cantor novamente esteve nas paradas de sucesso com o LP É Proibido Fumar, em que, além da faixa-título, destacou-se a canção "O Calhambeque". Assim nascia a Jovem Guarda.
Conhecido nacionalmente, Roberto Carlos começou a apresentar o programa Jovem Guarda em 1965, da TV Record, ao lado de Erasmo Carlos e Wanderléa. O programa popularizou ainda mais o movimento e consagrou o cantor, que se tornou um dos primeiros ídolos jovens da cultura brasileira. Ainda em 1965, foram lançados os álbuns "Roberto Carlos Canta Para A Juventude" - com sucessos "História de Um Homem Mau", "Os Sete Cabeludos", "Eu Sou Fã do Monoquini" e "Não Quero Ver Você Triste", parcerias com Erasmo Carlos - e "Jovem Guarda", com os sucessos "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno", "Lobo Mau", "O Feio" (de Getúlio Côrtes) e "Não é Papo Pra Mim".
Em 1966, Roberto Carlos apresentou os programas "Roberto Carlos à Noite", "Opus 7", "Jovem Guarda em Alta Tensão" e "Todos os Jovens do Mundo", todos de vida efêmera e da TV Record. Mas o que mais marcaria aquele ano seria uma briga por motivos profissionais, que quase colocou fim à parceria entre Roberto e Erasmo Carlos. A razão da separação foi uma falha da produção do programa "Show em Si... Monal", da TV Record, que homenageava Erasmo. A produção do programa havia preparado um pot-pourri com as composições mais famosas de Erasmo, entre as quais "Parei na Contramão" e "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno". O problema criado foi que estas canções foram compostas em parceria com Roberto Carlos, mas se deu créditos unicamente a Erasmo. Os dois se desentenderam, e a parceria ficou suspensa por mais de um ano. Neste período, Roberto compôs "Querem Acabar Comigo" e "Namoradinha de um Amigo Meu", que foram lançadas no LP "Roberto Carlos" daquele ano (o disco ainda tinha os sucessos "Eu Te Darei o Céu", "Esqueça" (versão de Roberto Corte Real), "Negro Gato" (de Getúlio Côrtes) e "Nossa Canção" (de Luiz Airão).
Em 1967, a amizade Erasmo-Roberto seguia estremecida, embora os dois apresentassem - junto com Wanderléa - o programa "Jovem Guarda", na TV Record. Roberto Carlos compôs sozinho sucessos como "Como É Grande O Meu Amor Por Você", "Por Isso Corro Demais", "Quando" e "de Que Vale Tudo Isso", que seriam lançados no LP "Roberto Carlos Em Ritmo de Aventura", trilha sonora do filme homônimo, lançado no ano seguinte, e que teve produção e direção de Roberto Farias e elenco com José Lewgoy e Reginaldo Farias. O filme tornou-se um grande sucesso de bilheteria do cinema nacional. A relação entre Erasmo e Roberto Carlos voltaria ao normal por causa de "Em Ritmo de Aventura". Envolvido com diversos compromissos profissionais, Roberto não conseguia finalizar a letra da canção de "Eu Sou Terrível", que seria a faixa inicial da trilha sonora do longa-metragem. Então, ele pediu auxílo ao velho parceiro Erasmo Carlos, que o ajudou a finalizar a letra. Assim, a amizade e a parceria dos dois foram retomadas. Ainda naquele ano, Roberto Carlos fez em Cannes (França) os primeiros espetáculos no exterior e participou de alguns festivais de Música Popular Brasileira. Com "Maria, Carnaval e Cinzas" (de Luís Carlos Paraná), o cantor ficou em quinto lugar. Algumas pessoas hostilizaram a presença de um ícone da Jovem Guarda - tido como "alienado" sob a óptica da época.
Em 1968 foi lançado o LP "O Inimitável". Disco de transição na carreira do cantor, o álbum teve influências na black music estadunidense e emplacou vários sucessos, como "Se Você Pensa", "Eu Te Amo, Te Amo, Te Amo", "É Meu, É Meu, É Meu", "As Canções que Você Fez Pra Mim" (todas parcerias com Erasmo Carlos), "Ciúme de Você" (de Luiz Ayrão) e "E Não Vou Deixar Você Tão Só" (de Antônio Marcos). Ainda naquele ano, Roberto Carlos se tornaria o primeiro e único brasileiro a vencer o Festival de San Remo (da Itália), com a canção "Canzone Per Te", de Sergio Endrigo e Sergio Bardotti, e se casaria, em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), com Cleonice Rossi, mãe dos filhos Roberto Carlos Segundo (o Segundinho, mais conhecido como Dudu Braga, nascido em 1969), e Luciana (nascida em 1971).
A mudança de estilo do cantor viria definitivamente em 1969. O álbum "Roberto Carlos" foi marcado por um maior romantismo em lugar dos tradicionais temas juvenis típicos da Jovem Guarda. Entre os sucessos deste LP estão "As Curvas da Estrada de Santos", "Sua Estupidez" e "As Flores do Jardim da Nossa Casa", todas parcerias com Erasmo Carlos. Ainda naquele ano, foi lançado o "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa", segundo filme dirigido por Roberto Farias e novo êxito de bilheteria.
Na segunda metade dos anos cinqüenta, mudou-se para Niterói. Seguindo a tendência juvenil da época, entrou em contato com um novo ritmo musical, o Rock, passando a ouvir Elvis Presley, Bill Haley, Little Richard, Gene Vincent e Chuck Berry.
Em 1957, Arlênio Lívio, um colega de escola, levou Roberto Carlos para conhecer um grupo de amigos que se reunia na Rua do Matoso, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Lá conheceu Sebastião (Tim) Maia, Edson Trindade, José Roberto "China" e Wellington. Formou com Arlênio, Trindade e Wellington o primeiro conjunto musical, The Sputniks. Certa vez, ele precisava da letra de "Hound Dog" - e o grande fã de Elvis Presley daquela turma de amigos era Erasmo (Carlos) Esteves. Desta forma, Roberto Carlos conheceu aquele que se tornaria o maior parceiro musical.
Tim Maia saiu dos Sputiniks e o grupo foi desfeito.
Edson Trindade, Arlênio e China formaram o grupo The Snakes, chamando Erasmo para ser crooner.
A carreira solo de Roberto foi iniciada no mesmo ano como "crooner" da boate do Hotel Plaza, em Copacabana, cantando samba-canção e bossa nova.
The Snakes acompanhavam tanto Roberto Carlos quando Tim Maia, contudo ambos nunca fizeram parte do grupo, Roberto Carlos passou a se apresentar com freqüência em clubes e festas. Roberto foi convidado por Carlos Imperial a se apresentar no programa musical "Clube do Rock", da TV Tupi. Carlos Imperial costumava apresentar Roberto Carlos como o "Elvis brasileiro" e Tim Maia como o "Little Richard brasileiro". No final daquela década, Roberto gravou alguns compactos e iniciava sua carreira oficialmente.
Em 1959, Roberto Carlos lançou "João e Maria/Fora do Tom", um compacto simples. Dois anos depois, ele lançava o primeiro álbum, "Louco Por Você". Imperial compôs boa parte das canções deste disco. O LP não teve sucesso, e hoje Roberto Carlos renega este LP.
Anos 1960: a Jovem Guarda
Roberto Carlos insistiu em investir na música jovem da época, o rock, e em 1962 lançou "Splish Splash". Com o amigo Erasmo, Roberto compunha versões de hits do álbum e canções próprias como "Splish Splash" e "Parei na Contramão", que se tornaram grandes sucessos. No ano seguinte, o cantor novamente esteve nas paradas de sucesso com o LP É Proibido Fumar, em que, além da faixa-título, destacou-se a canção "O Calhambeque". Assim nascia a Jovem Guarda.
Conhecido nacionalmente, Roberto Carlos começou a apresentar o programa Jovem Guarda em 1965, da TV Record, ao lado de Erasmo Carlos e Wanderléa. O programa popularizou ainda mais o movimento e consagrou o cantor, que se tornou um dos primeiros ídolos jovens da cultura brasileira. Ainda em 1965, foram lançados os álbuns "Roberto Carlos Canta Para A Juventude" - com sucessos "História de Um Homem Mau", "Os Sete Cabeludos", "Eu Sou Fã do Monoquini" e "Não Quero Ver Você Triste", parcerias com Erasmo Carlos - e "Jovem Guarda", com os sucessos "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno", "Lobo Mau", "O Feio" (de Getúlio Côrtes) e "Não é Papo Pra Mim".
Em 1966, Roberto Carlos apresentou os programas "Roberto Carlos à Noite", "Opus 7", "Jovem Guarda em Alta Tensão" e "Todos os Jovens do Mundo", todos de vida efêmera e da TV Record. Mas o que mais marcaria aquele ano seria uma briga por motivos profissionais, que quase colocou fim à parceria entre Roberto e Erasmo Carlos. A razão da separação foi uma falha da produção do programa "Show em Si... Monal", da TV Record, que homenageava Erasmo. A produção do programa havia preparado um pot-pourri com as composições mais famosas de Erasmo, entre as quais "Parei na Contramão" e "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno". O problema criado foi que estas canções foram compostas em parceria com Roberto Carlos, mas se deu créditos unicamente a Erasmo. Os dois se desentenderam, e a parceria ficou suspensa por mais de um ano. Neste período, Roberto compôs "Querem Acabar Comigo" e "Namoradinha de um Amigo Meu", que foram lançadas no LP "Roberto Carlos" daquele ano (o disco ainda tinha os sucessos "Eu Te Darei o Céu", "Esqueça" (versão de Roberto Corte Real), "Negro Gato" (de Getúlio Côrtes) e "Nossa Canção" (de Luiz Airão).
Em 1967, a amizade Erasmo-Roberto seguia estremecida, embora os dois apresentassem - junto com Wanderléa - o programa "Jovem Guarda", na TV Record. Roberto Carlos compôs sozinho sucessos como "Como É Grande O Meu Amor Por Você", "Por Isso Corro Demais", "Quando" e "de Que Vale Tudo Isso", que seriam lançados no LP "Roberto Carlos Em Ritmo de Aventura", trilha sonora do filme homônimo, lançado no ano seguinte, e que teve produção e direção de Roberto Farias e elenco com José Lewgoy e Reginaldo Farias. O filme tornou-se um grande sucesso de bilheteria do cinema nacional. A relação entre Erasmo e Roberto Carlos voltaria ao normal por causa de "Em Ritmo de Aventura". Envolvido com diversos compromissos profissionais, Roberto não conseguia finalizar a letra da canção de "Eu Sou Terrível", que seria a faixa inicial da trilha sonora do longa-metragem. Então, ele pediu auxílo ao velho parceiro Erasmo Carlos, que o ajudou a finalizar a letra. Assim, a amizade e a parceria dos dois foram retomadas. Ainda naquele ano, Roberto Carlos fez em Cannes (França) os primeiros espetáculos no exterior e participou de alguns festivais de Música Popular Brasileira. Com "Maria, Carnaval e Cinzas" (de Luís Carlos Paraná), o cantor ficou em quinto lugar. Algumas pessoas hostilizaram a presença de um ícone da Jovem Guarda - tido como "alienado" sob a óptica da época.
Em 1968 foi lançado o LP "O Inimitável". Disco de transição na carreira do cantor, o álbum teve influências na black music estadunidense e emplacou vários sucessos, como "Se Você Pensa", "Eu Te Amo, Te Amo, Te Amo", "É Meu, É Meu, É Meu", "As Canções que Você Fez Pra Mim" (todas parcerias com Erasmo Carlos), "Ciúme de Você" (de Luiz Ayrão) e "E Não Vou Deixar Você Tão Só" (de Antônio Marcos). Ainda naquele ano, Roberto Carlos se tornaria o primeiro e único brasileiro a vencer o Festival de San Remo (da Itália), com a canção "Canzone Per Te", de Sergio Endrigo e Sergio Bardotti, e se casaria, em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), com Cleonice Rossi, mãe dos filhos Roberto Carlos Segundo (o Segundinho, mais conhecido como Dudu Braga, nascido em 1969), e Luciana (nascida em 1971).
A mudança de estilo do cantor viria definitivamente em 1969. O álbum "Roberto Carlos" foi marcado por um maior romantismo em lugar dos tradicionais temas juvenis típicos da Jovem Guarda. Entre os sucessos deste LP estão "As Curvas da Estrada de Santos", "Sua Estupidez" e "As Flores do Jardim da Nossa Casa", todas parcerias com Erasmo Carlos. Ainda naquele ano, foi lançado o "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa", segundo filme dirigido por Roberto Farias e novo êxito de bilheteria.
Anos 1970: fase romântica
A partir da década de 1970, marcaria o fim da Jovem Guarda e consolidaria o prestígio de Roberto Carlos como intérprete romântico no Brasil e no exterior (Estados Unidos, Europa e América Latina). O cantor seria o artista brasileiro que mais venderia discos no país. Várias das suas canções foram gravadas por artistas como Julio Iglesias, Caravelli e Ray Conniff.
Em 1970, o cantor fez uma bem-sucedida temporada de shows no Canecão. No final daquele ano, foi lançado o álbum anual, que trouxe sucessos como "Ana", "Vista a Roupa Meu Bem" e "Jesus Cristo" , canção que também marcava sua aproximação com a religião.
No ano seguinte, foi lançado "Roberto Carlos a 300 km por Hora", o último filme e também um grande sucesso nacional. Ainda em 1971, foi lançado "Roberto Carlos", disco contou com os sucessos "Detalhes", "Amada Amante","Todos Estão Surdos", "Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos" (homenagem a Caetano Veloso) e "Como Dois e Dois" (de Caetano).
O álbum "Roberto Carlos", de 1972, repercutiu com "A Montanha" e "Quando as Crianças Saírem de Férias",além de ter sido o primeiro LP a atingir a marca de um milhão de cópias vendidas; e "Roberto Carlos", de 1973, com "Rotina" e "Proposta". Em 24 de dezembro de 1974, a Rede Globo exibiu um especial do cantor, que obteve um enorme índice de audiência. A partir daquele ano, o programa seria veiculado anualmente, sempre no final do ano.
Em 1975, o grande sucesso seria "Além do Horizonte". No ano seguinte, o cantor gravaria o novo LP nos estúdios da CBS em Nova Iorque. O álbum lançou as canções "Ilegal, Imoral ou Engorda" e "Os Seus Botões". Em 1977, Roberto Carlos gravou "Muito Romântico" (de Caetano Veloso) e "Cavalgada", lançadas no disco natalino e que alcançaram os primeiros lugares nas paradas musicais.
No ano seguinte, foi lançado "Roberto Carlos", de 1978, de onde se destacaram as famosas "Café da Manhã", "Força Estranha" (de Caetano Veloso) e "Lady Laura"- esta última dedicada a sua mãe. O disco vendeu um milhão e quinhentas mil cópias. Além de álbuns que vendiam mais de 1 milhão de cópias por ano, os shows de Roberto Carlos eram também disputados: em 1978, o cantor percorreu o país por seis meses, sempre com casas lotadas.
Quando visitou o México em 1979, o papa João Paulo II foi saudado com a canção "Amigo", cantada por um coro de crianças. O evento foi transmitido ao vivo para centenas de milhões de pessoas no mundo. Também naquele ano, o casamento com Cleonice se desfez, iniciando um romance com a atriz Mirian Rios, e se engajou da ONU em prol do Ano Internacional da Criança.
A partir da década de 1970, marcaria o fim da Jovem Guarda e consolidaria o prestígio de Roberto Carlos como intérprete romântico no Brasil e no exterior (Estados Unidos, Europa e América Latina). O cantor seria o artista brasileiro que mais venderia discos no país. Várias das suas canções foram gravadas por artistas como Julio Iglesias, Caravelli e Ray Conniff.
Em 1970, o cantor fez uma bem-sucedida temporada de shows no Canecão. No final daquele ano, foi lançado o álbum anual, que trouxe sucessos como "Ana", "Vista a Roupa Meu Bem" e "Jesus Cristo" , canção que também marcava sua aproximação com a religião.
No ano seguinte, foi lançado "Roberto Carlos a 300 km por Hora", o último filme e também um grande sucesso nacional. Ainda em 1971, foi lançado "Roberto Carlos", disco contou com os sucessos "Detalhes", "Amada Amante","Todos Estão Surdos", "Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos" (homenagem a Caetano Veloso) e "Como Dois e Dois" (de Caetano).
O álbum "Roberto Carlos", de 1972, repercutiu com "A Montanha" e "Quando as Crianças Saírem de Férias",além de ter sido o primeiro LP a atingir a marca de um milhão de cópias vendidas; e "Roberto Carlos", de 1973, com "Rotina" e "Proposta". Em 24 de dezembro de 1974, a Rede Globo exibiu um especial do cantor, que obteve um enorme índice de audiência. A partir daquele ano, o programa seria veiculado anualmente, sempre no final do ano.
Em 1975, o grande sucesso seria "Além do Horizonte". No ano seguinte, o cantor gravaria o novo LP nos estúdios da CBS em Nova Iorque. O álbum lançou as canções "Ilegal, Imoral ou Engorda" e "Os Seus Botões". Em 1977, Roberto Carlos gravou "Muito Romântico" (de Caetano Veloso) e "Cavalgada", lançadas no disco natalino e que alcançaram os primeiros lugares nas paradas musicais.
No ano seguinte, foi lançado "Roberto Carlos", de 1978, de onde se destacaram as famosas "Café da Manhã", "Força Estranha" (de Caetano Veloso) e "Lady Laura"- esta última dedicada a sua mãe. O disco vendeu um milhão e quinhentas mil cópias. Além de álbuns que vendiam mais de 1 milhão de cópias por ano, os shows de Roberto Carlos eram também disputados: em 1978, o cantor percorreu o país por seis meses, sempre com casas lotadas.
Quando visitou o México em 1979, o papa João Paulo II foi saudado com a canção "Amigo", cantada por um coro de crianças. O evento foi transmitido ao vivo para centenas de milhões de pessoas no mundo. Também naquele ano, o casamento com Cleonice se desfez, iniciando um romance com a atriz Mirian Rios, e se engajou da ONU em prol do Ano Internacional da Criança.
Anos 1980: reconhecimento internacional
No início da década de 1980, participou de outra campanha, dessa vez para o Ano Internacional da Pessoa Deficiente. Em 1981, o cantor fez excursões internacionais e gravou o primeiro disco em inglês - outros seriam lançados em espanhol, italiano e francês. Também gravou o disco anual, que contou com sucessos como "Emoções", "Cama e Mesa" e "As Baleias".
Em 1982, recebeu da gravadora CBS o Prêmio Globo de Cristal, oferecido aos artistas que ultrapassam a marca dos cinco milhões de discos vendidos fora do país de origem. Ainda naquele ano, Maria Bethânia participou do álbum anual, no dueto "Amiga". Era a primeira vez que o cantor convidava um outro artista para participar das gravações do disco. Roberto Carlos (1982) ainda teve o sucesso "Fera Ferida", outra parceria com Erasmo.
Em 1984, sua canção "Caminhoneiro" foi executada mais de três mil vezes nas rádios do país em um único dia e, no ano seguinte, "Verde e Amarelo" bateria esta marca ao ser tocada três mil e quinhentas vezes. Ganhou em 1988 o Grammy de Melhor Cantor Latino-americano e, no ano seguinte, atingiu o topo da parada latina da Billboard. Ainda em 1989, teve grande repercussão com "Amazônia". No tradicional especial de fim de ano da Rede Globo cantou sucessos como Outra vez ao lado de Simone.
No início da década de 1980, participou de outra campanha, dessa vez para o Ano Internacional da Pessoa Deficiente. Em 1981, o cantor fez excursões internacionais e gravou o primeiro disco em inglês - outros seriam lançados em espanhol, italiano e francês. Também gravou o disco anual, que contou com sucessos como "Emoções", "Cama e Mesa" e "As Baleias".
Em 1982, recebeu da gravadora CBS o Prêmio Globo de Cristal, oferecido aos artistas que ultrapassam a marca dos cinco milhões de discos vendidos fora do país de origem. Ainda naquele ano, Maria Bethânia participou do álbum anual, no dueto "Amiga". Era a primeira vez que o cantor convidava um outro artista para participar das gravações do disco. Roberto Carlos (1982) ainda teve o sucesso "Fera Ferida", outra parceria com Erasmo.
Em 1984, sua canção "Caminhoneiro" foi executada mais de três mil vezes nas rádios do país em um único dia e, no ano seguinte, "Verde e Amarelo" bateria esta marca ao ser tocada três mil e quinhentas vezes. Ganhou em 1988 o Grammy de Melhor Cantor Latino-americano e, no ano seguinte, atingiu o topo da parada latina da Billboard. Ainda em 1989, teve grande repercussão com "Amazônia". No tradicional especial de fim de ano da Rede Globo cantou sucessos como Outra vez ao lado de Simone.
Anos 1990: campeão de vendas e morte de Maria Rita
Durante a década de 1990, o sucesso de Roberto Carlos prosseguiu tanto em nível nacional quanto internacional. Em 1994,Roberto Carlos conseguiu bater os Beatles em vendagens na América Latina, vendendo mais de 70 milhões de discos.
O cantor Roberto Carlos cumprimenta o Papa João Paulo II durante a sua visita ao Brasil, em 1997.
Em 1995, liderados por Roberto Frejat, grandes nomes do pop-rock brasileiro como Cássia Eller, Chico Science & Nação Zumbi, Barão Vermelho e Skank homenagearam Roberto Carlos com a gravação de canções da época da Jovem Guarda. Ainda naquele ano, o cantor casou-se com a pedagoga Maria Rita Simões Braga. No ano seguinte, Roberto Carlos emplacou mais um sucesso em parceria com Erasmo Carlos: "Mulher de 40". Já em 1997, foi lançado o álbum em língua espanhola "Canciones que amo".
Em 1998, foi diagnosticado câncer em Maria Rita. Roberto Carlos teve de conciliar a gravação do disco anual e o apoio à esposa internada em São Paulo. "Seu disco anual", que quase não foi lançado, tinha apenas quatro canções inéditas, entre elas "O Baile da Fazenda", uma parceria com Erasmo Carlos e que contou com a participação especial de Dominguinhos. Em 1999, o agravamento do estado de saúde de Maria Rita, seguido de sua morte em dezembro daquele ano, fez com que o cantor deixasse de apresentar o tradicional especial de final de ano na Rede Globo e não gravasse o disco anual. A gravadora Sony acabou lançando "Os 30 Grandes Sucessos (Vol. 1 e 2)", uma coletânea dupla com os maiores sucessos da carreira de Roberto e uma faixa-inédita, a religiosa "Todas as Nossas Senhoras", escrita com Erasmo.
Durante a década de 1990, o sucesso de Roberto Carlos prosseguiu tanto em nível nacional quanto internacional. Em 1994,Roberto Carlos conseguiu bater os Beatles em vendagens na América Latina, vendendo mais de 70 milhões de discos.
O cantor Roberto Carlos cumprimenta o Papa João Paulo II durante a sua visita ao Brasil, em 1997.
Em 1995, liderados por Roberto Frejat, grandes nomes do pop-rock brasileiro como Cássia Eller, Chico Science & Nação Zumbi, Barão Vermelho e Skank homenagearam Roberto Carlos com a gravação de canções da época da Jovem Guarda. Ainda naquele ano, o cantor casou-se com a pedagoga Maria Rita Simões Braga. No ano seguinte, Roberto Carlos emplacou mais um sucesso em parceria com Erasmo Carlos: "Mulher de 40". Já em 1997, foi lançado o álbum em língua espanhola "Canciones que amo".
Em 1998, foi diagnosticado câncer em Maria Rita. Roberto Carlos teve de conciliar a gravação do disco anual e o apoio à esposa internada em São Paulo. "Seu disco anual", que quase não foi lançado, tinha apenas quatro canções inéditas, entre elas "O Baile da Fazenda", uma parceria com Erasmo Carlos e que contou com a participação especial de Dominguinhos. Em 1999, o agravamento do estado de saúde de Maria Rita, seguido de sua morte em dezembro daquele ano, fez com que o cantor deixasse de apresentar o tradicional especial de final de ano na Rede Globo e não gravasse o disco anual. A gravadora Sony acabou lançando "Os 30 Grandes Sucessos (Vol. 1 e 2)", uma coletânea dupla com os maiores sucessos da carreira de Roberto e uma faixa-inédita, a religiosa "Todas as Nossas Senhoras", escrita com Erasmo.
Anos 2000-presente
Depois de um período de reclusão, Roberto Carlos retomou sua carreira com a turnê "Amor Sem Limite", inaugurada em Recife, em novembro de 2000, título da canção - feita em homenagem a Maria Rita - de maior destaque no álbum lançado em dezembro daquele mesmo ano. Ainda naquele ano, o cantor rompeu o contrato com a gravadora Sony (ex-CBS), após 39 anos de parceria.
Em 2001, Roberto recebeu inúmeras homenagens pelo 60º aniversário e gravou o álbum "Acústico MTV", depois de meses de negociações entre a Rede Globo e a MTV Brasil. O álbum trouxe14 releituras em versão acústica para antigos sucessos, alguns cantados com a participação de artistas como Samuel Rosa, do Skank (em "É Proibido Fumar"), Tony Bellotto, dos Titãs (em "É Preciso Saber Viver"), entre outros.
No ano seguinte, Roberto Carlos foi acusado pelo maestro Sebastião Braga de plagiar a melodia da sua composição "Loucuras de Amor" em "O Careta", de 1987. Também foi lançado o DVD "Acústico MTV", que logo seria retirado de circulação devido a problemas contratuais. Em comemoração aos 90 anos do bondinho do Pão de Açúcar, o cantor fez uma apresentação para 200 mil pessoas no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.
No final de 2003, ele fez uma apresentação no Ginásio do Maracanãzinho, de onde foram gravadas imagens para o tradicional especial natalino na Rede Globo e também divulgado "Pra sempre", álbum todo dedicado a Maria Rita. Com nove canções inéditas, o disco contou com "O Cadillac" (única escrita com Erasmo), "Acróstico" (cujas primeiras letras dos versos formam a frase "Maria Rita meu amor") e faixa-título "Pra Sempre".
Em janeiro de 2004, Roberto fez um show no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, como parte das comemorações dos 450 anos da cidade. Em outubro do mesmo ano, o cantor lotaria o Estádio do Pacaembu, também na capital paulista, na apresentação do show "Pra Sempre" e que seria lançado em DVD. Após iniciar tratamento terapêutico, ele também reconheceu publicamente sofrer de transtorno obsessivo-compulsivo, síndrome que o levou a um comportamento excessivamente supersticioso e o fez abandonar do repertório dos espetáculos canções famosas "Café da Manhã", "Outra Vez" e "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno". Em entrevista coletiva, admitiu que poderia voltar a cantá-las, demonstrando os resultados do tratamento. No final desse ano, comemorou o 30º aniversário do primeiro especial para a Rede Globo e foi lançado o primeiro volume de sua discografia, em uma caixa por década, que reúne seus discos em formato mini-LP e sonoridade remasterizada.
Em 2005, o Jornal do Brasil organizou uma votação sobre discos que emplacaram diversos sucessos ao mesmo tempo na música brasileira. Os primeiro e o segundo lugares ficaram com Roberto Carlos, com "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura", de 1967 (com sucessos como "Eu Sou Terrível", "Quando" e "Como É Grande O Meu Amor Por Você") e "Roberto Carlos", de 1977 (com sucessos como "Amigo", "Outra Vez", "Cavalgada", "Falando Sério" e "Jovens Tardes de Domingo"). Ainda nesse ano, chegou a um acordo com o maestro Sebastião Braga, que o acusava de plagiar uma canção sua. Apesar do sucesso de vendas, os trabalhos recentes de Roberto Carlos continuam a desagradar à crítica, que o considera repetitivo. Ainda naquele ano, recebeu uma indicação e venceu o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Romântica, pelo álbum "Pra Sempre Ao Vivo no Pacaembu".
A polêmica biografia de RC, à venda mesmo depois da apreensão judicial (foto de André Oliveira/flickr)
Em dezembro de 2006, foi lançado "Duetos", CD com 14 faixas e DVD com 16 números, que apresentava momentos tirados dos especiais gravados para a Rede Globo desde a década de 1970. No mesmo período, a Editora Planeta lançou o livro "Roberto Carlos Em Detalhes", de Paulo Cesar de Araújo, uma biografia não-autorizada sobre o cantor, resultado de uma pesquisa ao longo de 16 anos e reuniu depoimentos de cerca de 200 pessoas que participaram da trajetória de Roberto. Roberto Carlos repudiou a publicação, alegando haver nela inverdades, e anunciou sua intenção de retirar de circulação a obra. Ainda neste ano Roberto Carlos ganha o Grammy Latino pelo melhor álbum de música romântica (Álbum “Roberto Carlos”, 2005)
Em janeiro de 2007, o cantor fez uma viagem à Espanha, onde gravou o primeiro álbum em espanhol em uma década. A Justiça deu ganho de causa a Roberto Carlos e o livro "Roberto Carlos em Detalhes" foi retirado das lojas ao final de fevereiro de 2007. Em 27 de abril de 2007, após longa audiência no Forum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, foi determinado o recolhimento de todos os exemplares do livro. Em junho, fez apresentações no Canecão. Além de participações especiais dos cantores Gilberto Gil e Zeca Pagodinho, dos jornalistas Nelson Motta e Leda Nagle e atores e atrizes consagrados, o repertório do show contou com a íntegra de "É Preciso Saber Viver", canção cujo verso "se o bem e o mal existem" o cantor se recusava a cantar fazia muito tempo, em função do TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo), de que falou descontraído e apontando melhoras. No final de julho, Roberto Carlos submeteu-se a uma cirurgia plástica para corrigir uma cicatriz do lado direito do pescoço, resultado de um acidente de carro que o cantor sofreu em julho de 1964, em Três Rios (Rio de Janeiro) - quando o automóvel que dirigia capotou e Roberto levou 16 pontos.
Depois de um período de reclusão, Roberto Carlos retomou sua carreira com a turnê "Amor Sem Limite", inaugurada em Recife, em novembro de 2000, título da canção - feita em homenagem a Maria Rita - de maior destaque no álbum lançado em dezembro daquele mesmo ano. Ainda naquele ano, o cantor rompeu o contrato com a gravadora Sony (ex-CBS), após 39 anos de parceria.
Em 2001, Roberto recebeu inúmeras homenagens pelo 60º aniversário e gravou o álbum "Acústico MTV", depois de meses de negociações entre a Rede Globo e a MTV Brasil. O álbum trouxe14 releituras em versão acústica para antigos sucessos, alguns cantados com a participação de artistas como Samuel Rosa, do Skank (em "É Proibido Fumar"), Tony Bellotto, dos Titãs (em "É Preciso Saber Viver"), entre outros.
No ano seguinte, Roberto Carlos foi acusado pelo maestro Sebastião Braga de plagiar a melodia da sua composição "Loucuras de Amor" em "O Careta", de 1987. Também foi lançado o DVD "Acústico MTV", que logo seria retirado de circulação devido a problemas contratuais. Em comemoração aos 90 anos do bondinho do Pão de Açúcar, o cantor fez uma apresentação para 200 mil pessoas no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.
No final de 2003, ele fez uma apresentação no Ginásio do Maracanãzinho, de onde foram gravadas imagens para o tradicional especial natalino na Rede Globo e também divulgado "Pra sempre", álbum todo dedicado a Maria Rita. Com nove canções inéditas, o disco contou com "O Cadillac" (única escrita com Erasmo), "Acróstico" (cujas primeiras letras dos versos formam a frase "Maria Rita meu amor") e faixa-título "Pra Sempre".
Em janeiro de 2004, Roberto fez um show no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, como parte das comemorações dos 450 anos da cidade. Em outubro do mesmo ano, o cantor lotaria o Estádio do Pacaembu, também na capital paulista, na apresentação do show "Pra Sempre" e que seria lançado em DVD. Após iniciar tratamento terapêutico, ele também reconheceu publicamente sofrer de transtorno obsessivo-compulsivo, síndrome que o levou a um comportamento excessivamente supersticioso e o fez abandonar do repertório dos espetáculos canções famosas "Café da Manhã", "Outra Vez" e "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno". Em entrevista coletiva, admitiu que poderia voltar a cantá-las, demonstrando os resultados do tratamento. No final desse ano, comemorou o 30º aniversário do primeiro especial para a Rede Globo e foi lançado o primeiro volume de sua discografia, em uma caixa por década, que reúne seus discos em formato mini-LP e sonoridade remasterizada.
Em 2005, o Jornal do Brasil organizou uma votação sobre discos que emplacaram diversos sucessos ao mesmo tempo na música brasileira. Os primeiro e o segundo lugares ficaram com Roberto Carlos, com "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura", de 1967 (com sucessos como "Eu Sou Terrível", "Quando" e "Como É Grande O Meu Amor Por Você") e "Roberto Carlos", de 1977 (com sucessos como "Amigo", "Outra Vez", "Cavalgada", "Falando Sério" e "Jovens Tardes de Domingo"). Ainda nesse ano, chegou a um acordo com o maestro Sebastião Braga, que o acusava de plagiar uma canção sua. Apesar do sucesso de vendas, os trabalhos recentes de Roberto Carlos continuam a desagradar à crítica, que o considera repetitivo. Ainda naquele ano, recebeu uma indicação e venceu o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Romântica, pelo álbum "Pra Sempre Ao Vivo no Pacaembu".
A polêmica biografia de RC, à venda mesmo depois da apreensão judicial (foto de André Oliveira/flickr)
Em dezembro de 2006, foi lançado "Duetos", CD com 14 faixas e DVD com 16 números, que apresentava momentos tirados dos especiais gravados para a Rede Globo desde a década de 1970. No mesmo período, a Editora Planeta lançou o livro "Roberto Carlos Em Detalhes", de Paulo Cesar de Araújo, uma biografia não-autorizada sobre o cantor, resultado de uma pesquisa ao longo de 16 anos e reuniu depoimentos de cerca de 200 pessoas que participaram da trajetória de Roberto. Roberto Carlos repudiou a publicação, alegando haver nela inverdades, e anunciou sua intenção de retirar de circulação a obra. Ainda neste ano Roberto Carlos ganha o Grammy Latino pelo melhor álbum de música romântica (Álbum “Roberto Carlos”, 2005)
Em janeiro de 2007, o cantor fez uma viagem à Espanha, onde gravou o primeiro álbum em espanhol em uma década. A Justiça deu ganho de causa a Roberto Carlos e o livro "Roberto Carlos em Detalhes" foi retirado das lojas ao final de fevereiro de 2007. Em 27 de abril de 2007, após longa audiência no Forum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, foi determinado o recolhimento de todos os exemplares do livro. Em junho, fez apresentações no Canecão. Além de participações especiais dos cantores Gilberto Gil e Zeca Pagodinho, dos jornalistas Nelson Motta e Leda Nagle e atores e atrizes consagrados, o repertório do show contou com a íntegra de "É Preciso Saber Viver", canção cujo verso "se o bem e o mal existem" o cantor se recusava a cantar fazia muito tempo, em função do TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo), de que falou descontraído e apontando melhoras. No final de julho, Roberto Carlos submeteu-se a uma cirurgia plástica para corrigir uma cicatriz do lado direito do pescoço, resultado de um acidente de carro que o cantor sofreu em julho de 1964, em Três Rios (Rio de Janeiro) - quando o automóvel que dirigia capotou e Roberto levou 16 pontos.
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