Camilo Cola (Conceição do Castelo, 26 de julho de 1923) é um empresário e político brasileiro.
De origem pobre, filho de imigrantes italianos, foi lavrador, lavador de carros e aos dezoito anos foi combater na Itália junto com a FEB. Quando voltou, usou uma linha de crédito especial para ex-combatentes e comprou seu primeiro caminhão, foi o inicio do império a que veio a se tornar o Grupo Itapemirim. Em 2006 venceu a disputa para deputado federal pelo estado do Espírito Santo.
A maioria das pessoas assistem a história acontecer. Algumas fazem parte da história, mas outras, raros personagens no mundo, são história. Esse é o caso de Camilo Cola, filho de imigrantes italianos, que começou a trabalhar numa rampa lavando carros e hoje, ainda comanda o maior grupo de transportes do Brasil e maior empresa de transporte rodoviário de passageiros do mundo.
Aos 18 anos, Camilo Cola alistou-se na FEB (Força Expedicionária Brasileira), num regimento de infantaria, onde sua experiência com mecânica e direção eram úteis, e participou de batalhas e missões em Monte Castelo e Montese na Itália.
Foi justamente a experiência da guerra e o dinheiro que economizou nesse período, que deram a Camilo Cola os ingredientes para iniciar sua trajetória de sucesso no setor de transporte de cargas e depois passageiros.
Fluente em italiano, Camilo Cola passou uma semana em Florença, alojado na garagem da empresa italiana de ônibus, onde ficava observando com interesse aqueles veículos e refletindo sobre o transporte de passageiros na Itália, em que a infra-estrutura de rodovias era excelente para os padrões da época e comparava com a realidade brasileira.Teve acesso aos documentos da companhia, os quais lia com grande interesse e começou a refletir sobre o futuro do transporte no Brasil, onde as ferrovias não atendiam as necessidades de um país continental.
Camilo Cola revela que, uma das coisas que mais o impressionou na guerra, foi o comportamento das pessoas. Apesar de precisarem de tudo não pediam nada. "Elas tinham dinheiro, mas não havia o que comprar, e não aceitavam nada de graça". Pelo seu conhecimento do idioma e origem italiana, foi sempre tratado com especial cortesia pelas pessoas e descobria o que elas precisavam.
Ao mesmo tempo que economizava seu soldo, Camilo Cola vendia os cigarros da sua cota, que todos os soldados tinham direito, bem como outras mercadorias que comprava dos soldados para a população, que tinha dinheiro, mas não encontrava os produtos. Assim criou seu capital de giro e recursos para comprar seu primeiro caminhão quando regressou da guerra.
Sua experiência na guerra, além de fundamental para seu futuro como empresário, marcou sua vida como ser humano e Camilo Cola retornou com freqüência à Itália para uma série de eventos comemorativos dos 60 anos da FEB.
Ao retornar ao Brasil, após a participação do Brasil na guerra, Camilo Cola, iniciou suas atividades no setor de transportes, com um caminhão, com o qual enfrentava as precárias estradas brasileiras. Em 1948 surgiu a oportunidade de ingressar no setor de transportes de passageiros Começou adquirindo a linha Castelo-Cachoeiro de Itapemirim, e criou a empresa ETA "Empresa de Transportes Auto Ltda.", embrião da gigante de hoje Itapemirim, que só veio a ser constituída com esse nome em 1953.
No seu livro "A Estrada da Vida", Camilo Cola conta que conseguiu nesse entretempo a representação da Goodyear e, nas caminhadas noturnas que fazia com sua esposa e eterna companheira Ignez, pelas ruas de Cachoeiro, como quase ninguém possuía garagem, ao encontrar os carros estacionados na rua, colocavam nos pára-brisas dos veículos com pneus carecas um pequeno anúncio, informando: "Vendem-se pneus novos da Goodyear. A bom preço. À vista ou financiado".
Em 1953, já com 29 ônibus e uma empresa cujo porte era equivalente às maiores do interior do Rio e São Paulo, Cola decide criar o próprio parque de manutenção da empresa, inspirado em dois empreendimentos de grande porte feitos na África do Sul por duas empresas inglesas de transporte de cargas. Essa iniciativa do empresário cuja fama já ultrapassava as fronteiras do seu estado, foi fundamental para o desenvolvimento da Itapemirim e das inovações que o grupo trouxe para o setor de transporte de passageiros.
Paralelo ao espírito empreendedor e criatividade, Camilo e Ignez mantinham um padrão de vida espartano, que permitira acumular recursos e desenvolver princípios que inspiraram o padrão de administração da empresa e explicam parte de seu sucesso.
Nos anos 50, os empresários do setor de transportes enfrentavam dificuldade de financiar seus investimentos, já que não existiam praticamente linhas de crédito de longo prazo nos bancos. Conhecido por sua honestidade, dedicação ao trabalho e uso parcimonioso e responsável dos recursos, Cola conseguiu dinheiro com pessoas de posse que emprestavam pela mesma taxa que conseguiam nos bancos. Com isso, o empresário conseguiu recursos que permitiam atender as necessidades de expansão da empresa.
No parque de manutenção da empresa, a Itapemirim começou a desenvolver novas carrocerias para ônibus, ampliando os bagageiros tão importantes para os passageiros brasileiros que carregavam muita bagagem e os comerciantes que precisavam de espaço para as mercadorias. As modificações foram tão bem sucedidas que começaram a ser adotadas pela Mercedes Benzs. Era a "Camilo Service", ensinando os alemães a trabalhar no mercado brasileiro.
Em 1965, sempre em busca de novos conhecimentos, Camilo foi com a esposa para os EUA, onde passou a conhecer em detalhes como funcionava o sistema de transportes rodoviários nos EUA. Na época foi recebido na Greyhound, a maior empresa do setor no mundo, então com 4.000 ônibus. A partir dessa viagem Camilo estabeleceu meta de 3.000 ônibus, aproveitando que o governo sinalizava que a interiorização do país era inevitável e seriam investidos muitos recursos na ampliação da malha rodoviária. Os anos que vieram provaram que a interpretação do futuro de Cola estava certa e a Itapemirim superou a própria Greyhound.
Em 1970 e empresa já possuía 600 veículos, superou os 1.500 em 1980 e chegou a quase 1.700 em 1990. Em 1976 começou a produzir os ônibus de três eixos, os chamados Tribus, que foram um grande sucesso pelo conforto e vantagens que teve após a lei da balança, que determinava um peso máximo por eixo.
Em fins de 1973, a empresa assumiu o controle da Nossa Senhora da Penha, que abriu as portas para o mercado da região sul e representou um grande salto na empresa, já que a Penha possuía frota equivalente a metade da Itapemirim. A aquisição teve repercussão internacional e, um aspecto fundamental na forma de conduzir a incorporação da empresa paranaense foi à preocupação de Camilo Cola de valorizar os profissionais que trabalhavam na Penha.
Em 1980 entrou na linha Rio-São Paulo, ao adquirir as linhas da Única. Com os Tribus novos e muito confortáveis, encontrou o diferencial para enfrentar a concorrência das competentes Expresso Brasileiro e Cometa. Em 1982 a Itapemirim chegou a ter metade do mercado mais importante do país: a ponte rodoviária.
Em 1995 a Itapemirim lançou o Starbus, ônibus executivo. Em 1998 chegou o Golden Service, com conforto do leito, ar condicionado e tarifa de executivo. Depois vieram o certificado ISO 9002, a venda pela internet, a revista "Na Poltrona" e várias outras inovações.
O sucesso da Itapemirim tornou Camilo Cola um dos maiores empresários do setor de transportes do mundo e um dos grandes responsáveis, juntamente com outros empresários do mesmo setor, pela integração do Brasil.
Além das atividades empresariais, Camilo Cola, também esteve envolvido na política e levou sua experiência administrativa para a Confederação Nacional dos Transportes Terrestres, onde teve marcante gestão, principalmente durante os trabalhos da Constituinte, defendendo os interesses dos transportes nacionais.
Além do transporte de passageiros e carga por via rodoviária, a empresa opera também com transporte aéreo de cargas, possui concessionárias de veículos, fazendas, empresas de turismo, postos e indústria. Mas o coração da empresa está em Cachoeiro do Itapemirim, onde Camilo Cola criou raízes e mora numa confortável casa, literalmente dentro de área da empresa.
O êxito de Camilo Cola pode ser creditado a vários fatores. Um dos mais importantes foi sempre manter contato permanente com os clientes, identificando suas necessidades e aproveitando as queixas e sugestões para melhorar a empresa e administra-la cada vez de forma mais eficiente.
Sua paixão pelo trabalho, capacidade de antever o futuro, parcimônia no uso dos recursos, ousadia com responsabilidade, espírito de equipe, capacidade de liderança, são outras qualidades inegáveis. Mas a força de Camilo Cola, a mola mestra de sua história, foi a sua história familiar. Os princípios que formaram sua personalidade, a sorte na companheira que encontrou, disposta participar da história desse homem, cujo sucesso pode ser medido em bens, finitos como todos nós, mas cujo legado e importância para a integração do Brasil e não apenas da história dos transportes em nosso país, atravessará a fronteira do tempo.
Camilo Cola - A ousadia que construiu um império
O caminhão foi comprado em 1946. Camilo Cola havia voltado ao Brasil no ano anterior, depois de ter participado da Segunda Guerra Mundial, lutando na Itália como integrante da Força Expedicionária Brasileira. Boa parte do dinheiro da compra tinha sido obtida em território italiano, com muita economia e senso de oportunidade. Como combatente, Camilo Cola recebia um maço de cigarros todo dia. Como não era fumante, começou a vendê-lo aos companheiros. Depois, passou a comprar os maços de outros soldados e se tornou uma espécie de fornecedor do produto, sempre pagando e recebendo em dólares.
A compra do Ford Hercules foi facilitada porque o governo decidiu premiar os ex-pracinhas que tinham participado da guerra, dando a eles prioridade na aquisição desse tipo de veículo. Camilo Cola aproveitou a chance, trocou os dólares pelo veículo novinho e começou a transportar cargas e passageiros. Ao mesmo tempo, procurou outros ex-pracinhas e estimulou-os a comprar e colocar à venda, por seu intermédio, os caminhões a que tinham direito. Conseguiu ganhar mais um bom dinheiro com essas operações.
Em fins de 1948, usou o lucro obtido para associar-se a um comerciante local na criação da Empresa de Transporte Autos -ETA. Ela tinha um único ônibus, e se dedicou ao transporte de passageiros entre Castelo e Cachoeiro do Itapemirim.
O ônibus solitário foi multiplicado por três no ano seguinte e em 1950 a frota já era de dez veículos. Mais um ano e a ETA partia para a fusão com outras duas empresas de ônibus, surgindo então, em 4 de julho de 1953, a Viação Itapemirim Ltda. Tinha frota de 16 ônibus. A manutenção e os reparos eram feitos exclusivamente na oficina mecânica da empresa, que funcionava num barracão alugado. Camilo Cola relata: "Não havia indústria automobilística brasileira na época e tampouco serviços de assistência técnica para os veículos importados. O mercado de peças de reposição era escasso e concentrado nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo."
Não demorou para que o estilo ousado e empreendedor de Camilo Cola se manifestasse, delineando o comportamento gerencial que exercitaria até os dias de hoje. Para garantir a expansão dos negócios, estendeu as linhas da empresa a todo o norte do Espírito Santo. As condições de operação eram extremamente difíceis e exigiam muita coragem, como relembra Camilo Cola: "As estradas eram muito precárias e, por isso, as outras transportadoras não se aventuravam. Então a Itapemirim requeria as linhas e lá íamos nós, levando como equipamento normal, além de marretas, espátulas, material de remendo e pneus sobressalentes, também enxadas, foices e facões, pois aqui e ali era preciso raspar o atoleiro e, muitas vezes, abrir picadas no mato para contornar o barro e o lamaçal."
Foi com a mesma disposição que a empresa conquistou suas primeiras linhas interestaduais: Cachoeiro do Itapemirim - Campos, Cachoeiro do Itapemirim - Niterói e Vitória-Rio de Janeiro. A seguir, voltou suas atenções para o sul da Bahia e, logo, assumiu também as ligações Rio de Janeiro-Salvador e Rio de Janeiro - Brasília.
O desenho da Viação Itapemirim como empresa de envergadura nacional começou a ser traçado principalmente na década de 60, quando, por meio de aquisições e licitações, obteve a titularidade de linhas importantes como Brasília - Belo Horizonte e Belo Horizonte - Vitória. Em 1963, a frota já chegava a 100 veículos, isso numa época em que as estradas, em sua maioria, continuavam sendo de terra, e não havia ônibus adequados para operar linhas de longa distância. Essas foram, provavelmente, algumas das grandes diferenças que marcaram a atuação dos pioneiros do transporte rodoviário de passageiros no Brasil.
A operação simultânea de linhas intermunicipais e interestaduais ainda foi mantida por algum tempo, mas Camilo Cola percebeu que para não travar o crescimento da Itapemirim teria de liberar a empresa do segmento intermunicipal. Assim, no início da década de 70, vendeu todas as linhas do norte capixaba e foi de novo às compras. Adquiriu duas linhas de Pernambuco para o Rio de Janeiro, além de outras ligações entre capitais nordestinas e o sul do país. Em concorrência pública, conseguiu a São Luís - Rio de Janeiro e, mais tarde, a Belém - Rio de Janeiro. Finalmente, passou a operar também a linha Salvador - Rio de Janeiro.
Com isso, a companhia adquiriu, definitivamente, cara nacional. E foi nessa condição que, em 1973, depois de negociações que duraram mais de meio ano, conseguiu incorporar uma das grandes empresas do país, a Nossa Senhora da Penha. De um momento para o outro, a frota aumentou em cerca de 500 ônibus e as operações foram estendidas a praticamente todo o sul brasileiro. De quebra, também foi alcançado o Uruguai, por meio da linha Bagé (Rs)-Melo.
Em 1980, adquiriu a única, empresa que fazia a ligação Rio de Janeiro - São Paulo, tornando-se, então, a Itapemirim, a maior empresa de transporte rodoviário de passageiros do país e da América Latina, além de uma das maiores do mundo.
Na década de 80, Camilo Cola foi eleito presidente da Confederação Nacional do Transporte - CNT -exatamente quando se vivia o período da Assembléia Constituinte. A participação do setor de transporte nas discussões em torno de uma nova Constituição, exigência dos empresários do setor, foi competentemente coordenada por Camilo Cola. O intenso trabalho desenvolvido junto aos constituintes produziu resultados importantes em termos de dispositivos constitucionais relacionados ao setor, na Constituição de 1988, e abriram caminho para a criação do Sistema sest-senat. A gestão de Camilo Cola foi marcada ainda pelos entendimentos que evitaram uma equivocada desregulamentação do setor de transporte rodoviário de passageiros e pela construção da sede própria da CNT em Brasília.
Sob a direção de seu criador, a Itapemirim sempre pautou seus serviços pelo pioneirismo, inclusive no que se relacionava aos ônibus utilizados em suas linhas. Inicialmente, não havia tanta possibilidade de escolher entre veículos nem de padronizar a frota. Os transportadores de passageiros tinham de se contentar com os chassis de caminhão disponíveis no momento, e que eram de marcas como Chevrolet, Ford, Ford francês, Aclo inglês, White norte-americano, GMC. Mas, em 1957, a Itapemirim conseguiu incorporar um expressivo contingente de ônibus Alfa-Romeo. Dois anos depois, deu um salto mais ousado e substituiu toda a frota por carros Mercedes-Benz. A vantagem é que eles eram entregues já encarroçados, encurtando-se em meses o intervalo entre a compra do chassi e o recebimento do ônibus pronto.
A partir de 1960, sempre por inspiração de Camilo Cola, a empresa deu início a uma política de valorização crescente aos chamados itens de conforto. Criou, por exemplo, o ônibus Rodonave, de tipo leito, equipado com ar-condicionado e sanitário químico. Outra importante inovação ocorreria em 1977 com o lançamento do ônibus executivo, de 32 lugares, com poltronas mais espaçosas, ar-condicionado e todo o conforto que a tecnologia da época permitia incorporar.
Mudança de largo alcance, com significativos ganhos de segurança e conforto, ocorreu a partir do fim dos anos 70, quando a Itapemirim passou a adotar a plataforma Mercedes-Benz de tipo monobloco.
Um dos grandes marcos da história da empresa deu-se em 1981. Praticando a política de produzir suas próprias carroçarias em Cachoeiro do Itapemirim, sob a marca Tecnobus, a companhia criou um produto absolutamente diferenciado, o Superbus. O veículo representou a consolidação de todo know-how acumulado durante muito tempo. Mais do que isso, abriu caminho para o lançamento, no ano seguinte, do modelo Tribus, com três eixos, que incorporava as mais recentes conquistas da engenharia automobilística, entre elas a suspensão a ar e o tratamento acústico que reduziu significativamente os níveis de ruído interno. Ou seja: aumentou o conforto dos passageiros. A proposto era tão boa que possibilitou o posterior desenvolvimento de mais duas versões sucessivas, os Tribus II e III.
Hoje, as 17 empresas que integram o Grupo Itapemirim empregam 16.000 pessoas em todo o Brasil. Operam cerca de 1.500 veículos, estão presentes em 21 estados e atendem cerca de 700 localidades. A média é de 6 milhões de passageiros por ano. Integram o grupo outras empresas, nas áreas de transporte de cargas, revenda de automóveis, caminhões e pneus, agropecuária, informática, rede de pontos de parada e postos de combustível, mármore e granito, seguro e gráfica.
Passados quase 60 anos desde que começou a atuar na área de transporte, Camilo Cola constata, com satisfação, que o setor avançou muito, estando hoje à altura dos melhores do mundo. O desenvolvimento tecnológico alcançado pelas empresas e a evolução dos nossos ônibus são pontos de destaque.
Sua tristeza é verificar as mazelas vigentes que prejudicam o sistema: estradas em péssimo estado, rodoviárias abaixo da crítica, falta de fiscalização que propicia a proliferação do transporte clandestino, com aumento dos acidentes fatais e comprometimento da imagem do transporte rodoviário regular de passageiros, que paga impostos e contribui para a manutenção de milhares de empregos, conforme acentua Camilo Cola. No entanto, o empresário pioneiro manifesta a sua incondicional confiança e esperança de que o novo governo venha solucionar os desafios pendentes, já que o Presidente Lula sabe ser o sistema referência mundial, que gera empregos e precisa ser preservado e aperfeiçoado.
De origem pobre, filho de imigrantes italianos, foi lavrador, lavador de carros e aos dezoito anos foi combater na Itália junto com a FEB. Quando voltou, usou uma linha de crédito especial para ex-combatentes e comprou seu primeiro caminhão, foi o inicio do império a que veio a se tornar o Grupo Itapemirim. Em 2006 venceu a disputa para deputado federal pelo estado do Espírito Santo.
A maioria das pessoas assistem a história acontecer. Algumas fazem parte da história, mas outras, raros personagens no mundo, são história. Esse é o caso de Camilo Cola, filho de imigrantes italianos, que começou a trabalhar numa rampa lavando carros e hoje, ainda comanda o maior grupo de transportes do Brasil e maior empresa de transporte rodoviário de passageiros do mundo.
Aos 18 anos, Camilo Cola alistou-se na FEB (Força Expedicionária Brasileira), num regimento de infantaria, onde sua experiência com mecânica e direção eram úteis, e participou de batalhas e missões em Monte Castelo e Montese na Itália.
Foi justamente a experiência da guerra e o dinheiro que economizou nesse período, que deram a Camilo Cola os ingredientes para iniciar sua trajetória de sucesso no setor de transporte de cargas e depois passageiros.
Fluente em italiano, Camilo Cola passou uma semana em Florença, alojado na garagem da empresa italiana de ônibus, onde ficava observando com interesse aqueles veículos e refletindo sobre o transporte de passageiros na Itália, em que a infra-estrutura de rodovias era excelente para os padrões da época e comparava com a realidade brasileira.Teve acesso aos documentos da companhia, os quais lia com grande interesse e começou a refletir sobre o futuro do transporte no Brasil, onde as ferrovias não atendiam as necessidades de um país continental.
Camilo Cola revela que, uma das coisas que mais o impressionou na guerra, foi o comportamento das pessoas. Apesar de precisarem de tudo não pediam nada. "Elas tinham dinheiro, mas não havia o que comprar, e não aceitavam nada de graça". Pelo seu conhecimento do idioma e origem italiana, foi sempre tratado com especial cortesia pelas pessoas e descobria o que elas precisavam.
Ao mesmo tempo que economizava seu soldo, Camilo Cola vendia os cigarros da sua cota, que todos os soldados tinham direito, bem como outras mercadorias que comprava dos soldados para a população, que tinha dinheiro, mas não encontrava os produtos. Assim criou seu capital de giro e recursos para comprar seu primeiro caminhão quando regressou da guerra.
Sua experiência na guerra, além de fundamental para seu futuro como empresário, marcou sua vida como ser humano e Camilo Cola retornou com freqüência à Itália para uma série de eventos comemorativos dos 60 anos da FEB.
Ao retornar ao Brasil, após a participação do Brasil na guerra, Camilo Cola, iniciou suas atividades no setor de transportes, com um caminhão, com o qual enfrentava as precárias estradas brasileiras. Em 1948 surgiu a oportunidade de ingressar no setor de transportes de passageiros Começou adquirindo a linha Castelo-Cachoeiro de Itapemirim, e criou a empresa ETA "Empresa de Transportes Auto Ltda.", embrião da gigante de hoje Itapemirim, que só veio a ser constituída com esse nome em 1953.
No seu livro "A Estrada da Vida", Camilo Cola conta que conseguiu nesse entretempo a representação da Goodyear e, nas caminhadas noturnas que fazia com sua esposa e eterna companheira Ignez, pelas ruas de Cachoeiro, como quase ninguém possuía garagem, ao encontrar os carros estacionados na rua, colocavam nos pára-brisas dos veículos com pneus carecas um pequeno anúncio, informando: "Vendem-se pneus novos da Goodyear. A bom preço. À vista ou financiado".
Em 1953, já com 29 ônibus e uma empresa cujo porte era equivalente às maiores do interior do Rio e São Paulo, Cola decide criar o próprio parque de manutenção da empresa, inspirado em dois empreendimentos de grande porte feitos na África do Sul por duas empresas inglesas de transporte de cargas. Essa iniciativa do empresário cuja fama já ultrapassava as fronteiras do seu estado, foi fundamental para o desenvolvimento da Itapemirim e das inovações que o grupo trouxe para o setor de transporte de passageiros.
Paralelo ao espírito empreendedor e criatividade, Camilo e Ignez mantinham um padrão de vida espartano, que permitira acumular recursos e desenvolver princípios que inspiraram o padrão de administração da empresa e explicam parte de seu sucesso.
Nos anos 50, os empresários do setor de transportes enfrentavam dificuldade de financiar seus investimentos, já que não existiam praticamente linhas de crédito de longo prazo nos bancos. Conhecido por sua honestidade, dedicação ao trabalho e uso parcimonioso e responsável dos recursos, Cola conseguiu dinheiro com pessoas de posse que emprestavam pela mesma taxa que conseguiam nos bancos. Com isso, o empresário conseguiu recursos que permitiam atender as necessidades de expansão da empresa.
No parque de manutenção da empresa, a Itapemirim começou a desenvolver novas carrocerias para ônibus, ampliando os bagageiros tão importantes para os passageiros brasileiros que carregavam muita bagagem e os comerciantes que precisavam de espaço para as mercadorias. As modificações foram tão bem sucedidas que começaram a ser adotadas pela Mercedes Benzs. Era a "Camilo Service", ensinando os alemães a trabalhar no mercado brasileiro.
Em 1965, sempre em busca de novos conhecimentos, Camilo foi com a esposa para os EUA, onde passou a conhecer em detalhes como funcionava o sistema de transportes rodoviários nos EUA. Na época foi recebido na Greyhound, a maior empresa do setor no mundo, então com 4.000 ônibus. A partir dessa viagem Camilo estabeleceu meta de 3.000 ônibus, aproveitando que o governo sinalizava que a interiorização do país era inevitável e seriam investidos muitos recursos na ampliação da malha rodoviária. Os anos que vieram provaram que a interpretação do futuro de Cola estava certa e a Itapemirim superou a própria Greyhound.
Em 1970 e empresa já possuía 600 veículos, superou os 1.500 em 1980 e chegou a quase 1.700 em 1990. Em 1976 começou a produzir os ônibus de três eixos, os chamados Tribus, que foram um grande sucesso pelo conforto e vantagens que teve após a lei da balança, que determinava um peso máximo por eixo.
Em fins de 1973, a empresa assumiu o controle da Nossa Senhora da Penha, que abriu as portas para o mercado da região sul e representou um grande salto na empresa, já que a Penha possuía frota equivalente a metade da Itapemirim. A aquisição teve repercussão internacional e, um aspecto fundamental na forma de conduzir a incorporação da empresa paranaense foi à preocupação de Camilo Cola de valorizar os profissionais que trabalhavam na Penha.
Em 1980 entrou na linha Rio-São Paulo, ao adquirir as linhas da Única. Com os Tribus novos e muito confortáveis, encontrou o diferencial para enfrentar a concorrência das competentes Expresso Brasileiro e Cometa. Em 1982 a Itapemirim chegou a ter metade do mercado mais importante do país: a ponte rodoviária.
Em 1995 a Itapemirim lançou o Starbus, ônibus executivo. Em 1998 chegou o Golden Service, com conforto do leito, ar condicionado e tarifa de executivo. Depois vieram o certificado ISO 9002, a venda pela internet, a revista "Na Poltrona" e várias outras inovações.
O sucesso da Itapemirim tornou Camilo Cola um dos maiores empresários do setor de transportes do mundo e um dos grandes responsáveis, juntamente com outros empresários do mesmo setor, pela integração do Brasil.
Além das atividades empresariais, Camilo Cola, também esteve envolvido na política e levou sua experiência administrativa para a Confederação Nacional dos Transportes Terrestres, onde teve marcante gestão, principalmente durante os trabalhos da Constituinte, defendendo os interesses dos transportes nacionais.
Além do transporte de passageiros e carga por via rodoviária, a empresa opera também com transporte aéreo de cargas, possui concessionárias de veículos, fazendas, empresas de turismo, postos e indústria. Mas o coração da empresa está em Cachoeiro do Itapemirim, onde Camilo Cola criou raízes e mora numa confortável casa, literalmente dentro de área da empresa.
O êxito de Camilo Cola pode ser creditado a vários fatores. Um dos mais importantes foi sempre manter contato permanente com os clientes, identificando suas necessidades e aproveitando as queixas e sugestões para melhorar a empresa e administra-la cada vez de forma mais eficiente.
Sua paixão pelo trabalho, capacidade de antever o futuro, parcimônia no uso dos recursos, ousadia com responsabilidade, espírito de equipe, capacidade de liderança, são outras qualidades inegáveis. Mas a força de Camilo Cola, a mola mestra de sua história, foi a sua história familiar. Os princípios que formaram sua personalidade, a sorte na companheira que encontrou, disposta participar da história desse homem, cujo sucesso pode ser medido em bens, finitos como todos nós, mas cujo legado e importância para a integração do Brasil e não apenas da história dos transportes em nosso país, atravessará a fronteira do tempo.
Camilo Cola - A ousadia que construiu um império
O caminhão foi comprado em 1946. Camilo Cola havia voltado ao Brasil no ano anterior, depois de ter participado da Segunda Guerra Mundial, lutando na Itália como integrante da Força Expedicionária Brasileira. Boa parte do dinheiro da compra tinha sido obtida em território italiano, com muita economia e senso de oportunidade. Como combatente, Camilo Cola recebia um maço de cigarros todo dia. Como não era fumante, começou a vendê-lo aos companheiros. Depois, passou a comprar os maços de outros soldados e se tornou uma espécie de fornecedor do produto, sempre pagando e recebendo em dólares.
A compra do Ford Hercules foi facilitada porque o governo decidiu premiar os ex-pracinhas que tinham participado da guerra, dando a eles prioridade na aquisição desse tipo de veículo. Camilo Cola aproveitou a chance, trocou os dólares pelo veículo novinho e começou a transportar cargas e passageiros. Ao mesmo tempo, procurou outros ex-pracinhas e estimulou-os a comprar e colocar à venda, por seu intermédio, os caminhões a que tinham direito. Conseguiu ganhar mais um bom dinheiro com essas operações.
Em fins de 1948, usou o lucro obtido para associar-se a um comerciante local na criação da Empresa de Transporte Autos -ETA. Ela tinha um único ônibus, e se dedicou ao transporte de passageiros entre Castelo e Cachoeiro do Itapemirim.
O ônibus solitário foi multiplicado por três no ano seguinte e em 1950 a frota já era de dez veículos. Mais um ano e a ETA partia para a fusão com outras duas empresas de ônibus, surgindo então, em 4 de julho de 1953, a Viação Itapemirim Ltda. Tinha frota de 16 ônibus. A manutenção e os reparos eram feitos exclusivamente na oficina mecânica da empresa, que funcionava num barracão alugado. Camilo Cola relata: "Não havia indústria automobilística brasileira na época e tampouco serviços de assistência técnica para os veículos importados. O mercado de peças de reposição era escasso e concentrado nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo."
Não demorou para que o estilo ousado e empreendedor de Camilo Cola se manifestasse, delineando o comportamento gerencial que exercitaria até os dias de hoje. Para garantir a expansão dos negócios, estendeu as linhas da empresa a todo o norte do Espírito Santo. As condições de operação eram extremamente difíceis e exigiam muita coragem, como relembra Camilo Cola: "As estradas eram muito precárias e, por isso, as outras transportadoras não se aventuravam. Então a Itapemirim requeria as linhas e lá íamos nós, levando como equipamento normal, além de marretas, espátulas, material de remendo e pneus sobressalentes, também enxadas, foices e facões, pois aqui e ali era preciso raspar o atoleiro e, muitas vezes, abrir picadas no mato para contornar o barro e o lamaçal."
Foi com a mesma disposição que a empresa conquistou suas primeiras linhas interestaduais: Cachoeiro do Itapemirim - Campos, Cachoeiro do Itapemirim - Niterói e Vitória-Rio de Janeiro. A seguir, voltou suas atenções para o sul da Bahia e, logo, assumiu também as ligações Rio de Janeiro-Salvador e Rio de Janeiro - Brasília.
O desenho da Viação Itapemirim como empresa de envergadura nacional começou a ser traçado principalmente na década de 60, quando, por meio de aquisições e licitações, obteve a titularidade de linhas importantes como Brasília - Belo Horizonte e Belo Horizonte - Vitória. Em 1963, a frota já chegava a 100 veículos, isso numa época em que as estradas, em sua maioria, continuavam sendo de terra, e não havia ônibus adequados para operar linhas de longa distância. Essas foram, provavelmente, algumas das grandes diferenças que marcaram a atuação dos pioneiros do transporte rodoviário de passageiros no Brasil.
A operação simultânea de linhas intermunicipais e interestaduais ainda foi mantida por algum tempo, mas Camilo Cola percebeu que para não travar o crescimento da Itapemirim teria de liberar a empresa do segmento intermunicipal. Assim, no início da década de 70, vendeu todas as linhas do norte capixaba e foi de novo às compras. Adquiriu duas linhas de Pernambuco para o Rio de Janeiro, além de outras ligações entre capitais nordestinas e o sul do país. Em concorrência pública, conseguiu a São Luís - Rio de Janeiro e, mais tarde, a Belém - Rio de Janeiro. Finalmente, passou a operar também a linha Salvador - Rio de Janeiro.
Com isso, a companhia adquiriu, definitivamente, cara nacional. E foi nessa condição que, em 1973, depois de negociações que duraram mais de meio ano, conseguiu incorporar uma das grandes empresas do país, a Nossa Senhora da Penha. De um momento para o outro, a frota aumentou em cerca de 500 ônibus e as operações foram estendidas a praticamente todo o sul brasileiro. De quebra, também foi alcançado o Uruguai, por meio da linha Bagé (Rs)-Melo.
Em 1980, adquiriu a única, empresa que fazia a ligação Rio de Janeiro - São Paulo, tornando-se, então, a Itapemirim, a maior empresa de transporte rodoviário de passageiros do país e da América Latina, além de uma das maiores do mundo.
Na década de 80, Camilo Cola foi eleito presidente da Confederação Nacional do Transporte - CNT -exatamente quando se vivia o período da Assembléia Constituinte. A participação do setor de transporte nas discussões em torno de uma nova Constituição, exigência dos empresários do setor, foi competentemente coordenada por Camilo Cola. O intenso trabalho desenvolvido junto aos constituintes produziu resultados importantes em termos de dispositivos constitucionais relacionados ao setor, na Constituição de 1988, e abriram caminho para a criação do Sistema sest-senat. A gestão de Camilo Cola foi marcada ainda pelos entendimentos que evitaram uma equivocada desregulamentação do setor de transporte rodoviário de passageiros e pela construção da sede própria da CNT em Brasília.
Sob a direção de seu criador, a Itapemirim sempre pautou seus serviços pelo pioneirismo, inclusive no que se relacionava aos ônibus utilizados em suas linhas. Inicialmente, não havia tanta possibilidade de escolher entre veículos nem de padronizar a frota. Os transportadores de passageiros tinham de se contentar com os chassis de caminhão disponíveis no momento, e que eram de marcas como Chevrolet, Ford, Ford francês, Aclo inglês, White norte-americano, GMC. Mas, em 1957, a Itapemirim conseguiu incorporar um expressivo contingente de ônibus Alfa-Romeo. Dois anos depois, deu um salto mais ousado e substituiu toda a frota por carros Mercedes-Benz. A vantagem é que eles eram entregues já encarroçados, encurtando-se em meses o intervalo entre a compra do chassi e o recebimento do ônibus pronto.
A partir de 1960, sempre por inspiração de Camilo Cola, a empresa deu início a uma política de valorização crescente aos chamados itens de conforto. Criou, por exemplo, o ônibus Rodonave, de tipo leito, equipado com ar-condicionado e sanitário químico. Outra importante inovação ocorreria em 1977 com o lançamento do ônibus executivo, de 32 lugares, com poltronas mais espaçosas, ar-condicionado e todo o conforto que a tecnologia da época permitia incorporar.
Mudança de largo alcance, com significativos ganhos de segurança e conforto, ocorreu a partir do fim dos anos 70, quando a Itapemirim passou a adotar a plataforma Mercedes-Benz de tipo monobloco.
Um dos grandes marcos da história da empresa deu-se em 1981. Praticando a política de produzir suas próprias carroçarias em Cachoeiro do Itapemirim, sob a marca Tecnobus, a companhia criou um produto absolutamente diferenciado, o Superbus. O veículo representou a consolidação de todo know-how acumulado durante muito tempo. Mais do que isso, abriu caminho para o lançamento, no ano seguinte, do modelo Tribus, com três eixos, que incorporava as mais recentes conquistas da engenharia automobilística, entre elas a suspensão a ar e o tratamento acústico que reduziu significativamente os níveis de ruído interno. Ou seja: aumentou o conforto dos passageiros. A proposto era tão boa que possibilitou o posterior desenvolvimento de mais duas versões sucessivas, os Tribus II e III.
Hoje, as 17 empresas que integram o Grupo Itapemirim empregam 16.000 pessoas em todo o Brasil. Operam cerca de 1.500 veículos, estão presentes em 21 estados e atendem cerca de 700 localidades. A média é de 6 milhões de passageiros por ano. Integram o grupo outras empresas, nas áreas de transporte de cargas, revenda de automóveis, caminhões e pneus, agropecuária, informática, rede de pontos de parada e postos de combustível, mármore e granito, seguro e gráfica.
Passados quase 60 anos desde que começou a atuar na área de transporte, Camilo Cola constata, com satisfação, que o setor avançou muito, estando hoje à altura dos melhores do mundo. O desenvolvimento tecnológico alcançado pelas empresas e a evolução dos nossos ônibus são pontos de destaque.
Sua tristeza é verificar as mazelas vigentes que prejudicam o sistema: estradas em péssimo estado, rodoviárias abaixo da crítica, falta de fiscalização que propicia a proliferação do transporte clandestino, com aumento dos acidentes fatais e comprometimento da imagem do transporte rodoviário regular de passageiros, que paga impostos e contribui para a manutenção de milhares de empregos, conforme acentua Camilo Cola. No entanto, o empresário pioneiro manifesta a sua incondicional confiança e esperança de que o novo governo venha solucionar os desafios pendentes, já que o Presidente Lula sabe ser o sistema referência mundial, que gera empregos e precisa ser preservado e aperfeiçoado.
Fonte: Os Pioneiros, Encarte especial da revista ABRATI/ Dezembro 2003
Quanto a esse senhor ai não tenho boas referencias, pena não ter como ptovar, pois eu não fiz uma xerox da página da revista da Itapemirim, rsrs. Explico: Eu recebia sempre a revista "Na Poltrona" da Itapemitim, que lançou uma promoção de dar uma miniatura de onibus para quem fizesse a frase mais criativa sobre sua terra. Eu fiz sobre Cachoeiro, e não ganhei nenhuma minuatura, em contrapartida na seguinte eleição efetuada aqui em Cachoeiro o diguinissimo usou minha frase na campanha política em prol do candidato a prefeito "Roberto Valadão" fiquei indignada... Achei um abuso da parte da redação da revista... até tinham direito a frase concordo, mais poderiam ter dito a autoria ao menos...
ResponderExcluirÉ com grande prazer expressar que tive a oportunidade de conhece-lo por volta de 1994-1995 quando veio a Miami e eu servi de motorista naquele tempo -- por muitos dias e também toda a família dele: esposa, filho, filha, nora e netos. Quando eles resolveram fazer uma viagem para Las Vegas (ele,esposa,nora e neta).
ResponderExcluirÉ uma grande personalidade o Sr. Camilo Cola e da mesma forma toda sua família.
Gostaria de ter um melhor contato com eles, pois vejo uma profunda alma em prol do bem.
fer.orige@gmail.com
Prezado Senhor Camilo Cola meu nome é José Battcher Pascoal sou de Cachoeiro de Itapemirim casado com a sogra de Lincoln Rodrigues Teixeira venho solicitar através dessa uma vaga como motorista em sua conceituada empresa. Meu telefone é (28)9996-0641 e da minha esposa (Marli) (28) 9902-6412 - No aguardo da resposta subscrevo. Atenciosamente,
ResponderExcluirJo´se Bettcher Pascoal
Boa noite,Senhor Camilo Cola .
ResponderExcluirMuito prazer,Paulo Sergio .
SE DEUS É POR NOS QUEM SERA CONTRA NOS .
Boa noite,Senhor Camilo Cola .
ResponderExcluirMuito prazer,Paulo Sergio .
SE DEUS É POR NOS QUEM SERA CONTRA NOS .
sou a Ana Rita fiha de sr geraldo Fernandes de oliveira
ResponderExcluirsempre ouvi desde pequena as melhores referencias deste homem que serviu de exemplo para meu pai e a nossa família, meu pai foi q seu funcionários longos anos ,quase uma vida foi seu 2º emprego e ultimo e sempre foi uma pessoa solidaria e simpática ,esta é a boa imagem que guardei dele ate hoje.
na altura tinha 7 anos hoje tenho 48
Senhor Camilo que Deus continua abençoando sua vida.
ResponderExcluirSua história é um e exemplo de vida para muitos.