quinta-feira, 2 de abril de 2009

RIO ITAPEMIRIM


O Rio Itapemirim é um rio brasileiro que nasce do do município de Lajinha, no estado de Minas Gerais e deságua no Oceano Atlântico, na altura de Marataízes no Espírito Santo.
Passa por diversas cidades do sul do estado do Espírito Santo, sendo a principal delas, Cachoeiro de Itapemirim, sendo ele o motivo principal do seu povoamento.

A BACIA DO RIO ITAPEMIRIM
Localização:
A Bacia do Rio Itapemirim possui área de 687.000 ha, geograficamente situada entre os meridianos 40º48'e 41º52' de longitude W.G. e entre os paralelos 20º10' e 21º15'.
Compreende 17 municípios, perfazendo um total de 409614 habitantes, quais sejam: Alegre, Atílio Viváqua, Conceição do Castelo, Castelo, Ibatiba, Ibitirama, Irupi, Jerônimo Monteiro, Muniz Freire, Muqui, Vargem Alta, Venda Nova do Imigrante, Itapemirim, Cachoeiro do Itapemirim, Marataízes e Iúna (todos no estado do Espírito Santo) e Lajinha (em Minas Gerais).
O Rio Itapemirim tem suas nascentes mais distantes localizadas na Serra do Caparaó, formadas pelos rios Braço Norte Esquerdo e Braço Norte Direito que se unem no município de Alegre. Mais a jusante, as águas do Itapemirim recebem contribuição do rio Castelo, no distrito de Coutinho, município de Cachoeiro de Itapemirim. O último grande afluente, antes da desembocadura no Oceano Atlântico, é o rio Muqui que junta-se ao Itapemirim no município de Itapemirim.

Colonização:
A ocupação territorial da bacia, pelos povos Ibéricos, foi dinamizada pela introdução da cafeicultura, a partir da segunda metade do século XIX. Anteriormente, no período Brasil Colônia, a bacia foi uma típica região produtora de cana-de-açúcar. Em seqüências às lavouras de café, as terras desta região passaram a ser utilizadas com pastagens acompanhando os ciclos de expansão e retração da economia cafeeira e o esgotamento da fertilidade das terras.
Como toda área de povoamento e colonização no Brasil, a região da bacia do Rio Itapemirim já possui extensas áreas reflorestadas. No entanto, já em 1974 verifica-se, na região a cobertura florestal de 118 mil habitantes, ou seja, 17,19% da área de abrangências da bacia. Após 12 anos a cobertura florestal decresceu para pouco mais de 50 mil habitantes, e fazendo um total de 7,19%. O município de Vargem Alta faz parte da bacia do Rio Itapemirim, sendo o Rio Fruteiras uma de suas nascentes que ocorre ao norte do município na divisa com os municípios de Domingos Martins e Alfredo Chaves, na Fazenda Monte Verde, no distrito de Castelinho, a dois quilometros da nascente o Rio Fruteiras encontra-se poluido por agrotóxicos e esgotamento sanitário doméstico alem de lixo levado pelas enxurradas.Suas águas percorrem várias comunidades entre urbanas e rurais, devido ao relevo acidentado do município proporciona várias quedas d'agua e corredeiras, entre elas a cachoeira do brother e a cachoeira alta que dá origem a hidrelétrica do Rio Fruteiras. Pela sua importância economica e social o Rio Fruteiras deveria receber melhor tratamento das autoridades e de sua população.

Impactos ambientais pela ação do homem:
Sabe-se que a monocultura de cana-de-açúcar e do café deixaram, após o cultivo de várias décadas, uma sucessão de grandes extensões de solo sob pastagens, localizadas em regiões elevadas que sofrem atualmente com o problema de erosão em vários níveis. Nas encostas com declividade acentuada, a erosão começou a fazer seu trabalho imediatamente após a derrubada e queimada do manto florestal. O complexo solo organo-mineral, que era decorrência da própria floresta, que o mantia e reciclava, se degradou, sobretudo transportado pelas águas da chuva.
As terras, carregadas pela erosão, foram assorear as calhas dos córregos e rios, ocasionando problemas de trasbordamento, alargamento de margens e mesmo enchentes catastróficas.
O efeito da devastação da cobertura florestal sobre os mananciais e fontes também são preocupantes. Os rios e córregos se alargaram pelo desbarrancamento das margens, tornaram-se mais rasos pelo assoreamento e seus regimes de vazão foram profundamente alterados, transformado-os em laminas delgadas ou fios de água nos períodos secos e correntes tumultuosas e transbordantes na época das chuvas as águas tornaram-se turvas pela grande quantidade de terra levada em suspensão para o fundo do oceano.
Acompanhando a trajetória do Rio Itapemirim, percebe-se, claramente, que o assoreamento ano a ano vem se tornando mais grave. A disponibilidade hídrica reduzida, historicamente observada, e o desmatamento desordenado, caracterizando a degradação constante da Bacia do Rio Itapemirim são responsáveis pela redução drástica potencial de sustentação socio-econômico de toda região geográfica.
Em anos de baixa precipitação pluviométrica já se verificaram algumas tendências à desertificação em determinadas regiões da bacia, existindo solos que, por sua baixa capacidade de retenção de água pelo comportamento hidrológico, se assemelham aos ambientes desérticos. Indícios disso é o aparecimento da espécie Calothropis procera (algodão de seda) planta originaria da Índia. Introduzida no Brasil para uso ornamental no estado de Pernambuco, colonizando grandes áreas de pastagens, principalmente nos municípios de Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Jerônimo Monteiro e Alegre.

Impactos na sociedade:
Em termos sociais, verifica-se o processo de decadência da qualidade de vida das populações que habitam a região, devido, em grande parte, ao descaso com que as políticas públicas trataram a questão do Desenvolvimento Rural Sustentável. Diante disto, os agricultores familiares, enquanto categorias majoritárias porém a mais excluídas das políticas, acabaram sendo condenados ao empobrecimento e, muitas vezes, forçados a migrar para outras regiões.
Por sua vez, as cidades ficaram estagnadas economicamente, sem opção de trabalho e oferecendo serviços precários de educação e assistência social, quando oferecerem, como reflexo do próprio subdesenvolvimento da agricultura regional.

Poluição:
Concessionária do serviço de saneamento básico de Cachoeiro de Itapemirim há cinco anos, a Citágua Águas de Cachoeiro inaugurou a sua Estação de Tratamento de Esgoto - ETE, que resultará em dispor de esgoto tratado para 175 mil habitantes, garantindo saneamento básico integral para 100% da área urbana do município. Há cinco anos, Cachoeiro de Itapemirim experimenta avanços no saneamento básico. Após a concessão do serviço de água e saneamento para Citágua, o município conseguiu modernizar as redes de abastecimento, diminuir todos os índices negativos e alcançar metas como a ampliação de 60% na oferta de água tratada, garantido o fornecimento 24 horas por dia. Em comparação com os índices nacionais, Cachoeiro representa exemplo de solução para os graves problemas de saneamento. A nova estação tem capacidade para tratar 450 litros de esgoto por segundo e a tecnologia adotada permitirá a redução da carga orgânica em 95%, até o final de 2004. Com esgoto tratado, os moradores de Cachoeiro de Itapemirim ganham mais qualidade de vida e saúde, uma vez que a falta de saneamento básico (principalmente esgoto não-tratado) é a principal causa de 65% das internações hospitalares. A previsão é a de atingir os distritos localizados na zona rural a partir de 2005. Parte do projeto “Rio Vida”, a nova estação também contribuirá na despoluição do Rio Itapemirim, que atualmente recebe 21 milhões de litros de esgoto diários. Com um investimento de R$ 35 milhões, o “Rio Vida” coloca Cachoeiro de Itapemirim numa posição diferenciada da maioria das cidades do Brasil (incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte), já que dados do IBGE apontam que 75,6% dos domicílios brasileiros despejam esgoto sem tratamento em rios, lagos e praias. A nova ETE é 100% informatizada; isto significa que todos os procedimentos são operados por uma central que consegue identificar problemas e controlar cada etapa do processo. Agora o atendimento ao cliente é todo computadorizado. A partir do momento em que o usuário faz uma reclamação, o sistema já aponta o problema e o encaminha para o setor responsável. Inclusive o prazo de atendimento é monitorado. Antes da concessão, o tempo médio para atendimento era de três dias; hoje a média é de 12 horas. Inovações tecnológicas, sistema da qualidade, atendimento 24 horas e ampliação da oferta de água, todos estes avanços efetuados no setor de saneamento básico em Cachoeiro de Itapemirim, após a concessão do serviço para Citágua, mudaram a vida de 97% dos moradores, segundo pesquisa de opinião.


Projeto Rio Vida Reflorescer:
O Rio Vida Reflorescer é um projeto desenvolvido pela Citágua em parceria com a Pastoral Ecológica, Secretaria de Estado de Agricultura (SEAG) e Secretaria Municipal de Agricultura de Cachoeiro de Itapemirim (SEMAG). O projeto tem como principal objetivo a proteção de dez nascentes no município e o reflorestamento do seu entorno, de forma a aumentar a oferta de água e melhorar a qualidade desse bem tão necessário à vida, envolvendo sempre a comunidade e as escolas da região.

Objetivos
Recuperação de dez nascentes;
Recuperação de dez áreas de mata ciliar com três hectares cada uma;
Construção de aproximadamente três mil metros de cerca;
Plantio de dez mil mudas de árvores nativas e frutíferas;
Mobilização e sensibilização ambiental das comunidades envolvidas no projeto.

Justificativa
O esgotamento dos recursos naturais – solo, água e remanescentes florestais – tem sido um dos principais problemas ambientais verificados no sul do Espírito Santo. A água tem uma importância fundamental para o abastecimento doméstico, que cada vez mais, fica comprometido por ações tais como: desmatamento,drenagem profunda de várzeas, baixa cobertura vegetal, abertura de estradas, aumento da população urbana, barragem e etc.
O projeto Rio Vida Reflorescer busca garantir sustentabilidade das ações de preservação e recuperação ambiental, por levarem em conta um processo educativo contínuo, onde a realidade será transformada pelas comunidades, e estas como protagonistas, se encarregarão de reaplicar as experiências adquiridas.

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