quinta-feira, 2 de abril de 2009

ERNANE GALVÊAS


Ernane Galvêas (Cachoeiro de Itapemirim, 1 de outubro de 1922) é um economista brasileiro. Foi ministro da Fazenda do Brasil durante o governo João Figueiredo e presidente do Banco Central do Brasil.

Bacharel em Ciências e Letras Contador Economista e Advogado tendo completado seus estudos de Economia no Instituto de Economia de Wisconsin no Centro Monetário Latino-Americano México. Fez mestrado em Economia pela Universidade de Yale Connecticut. Ingressou no Banco do Brasil em 1942 tendo desempenhado importantes funções até 1953. Foi Chefe Adjunto do Departamento Econômico da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC) órgão extinto (1953-61); Assistente Econômico do Ministro da Fazenda (1961-63 e 1965-66); Diretor-Financeiro da Comissão de Marinha Mercante (1963-65); Diretor da Carteira de Comércio Exterior (CACEX) do Banco do Brasil S/A (1966-68); Presidente do Banco Central do Brasil por dois períodos (1968-74 e 1979-80). Passou pelo setor privado durante alguns anos como Vice-Presidente da companhia Aracruz Celulose S/A. Em várias oportunidades exerceu o magistério superior na Faculdade de Economia e Finanças do Rio de Janeiro na Faculdade de Ciências Econômicas do antigo Estado da Guanabara e no Curso de Pós-Graduação do Conselho Nacional de Economia. Tomou posse no Ministério da Fazenda em janeiro de 1980 no meio de um dos períodos mais conturbados da economia mundial. Como Ministro exerce as funções de Representante do Brasil junto ao Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) Fundo Africano de Desenvolvimento Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata; também como Ministro é o Presidente do Conselho Monetário Nacional Conselho Nacional de Comércio Exterior bem como de outros órgãos colegiados interministeriais; Membro dos Conselhos de Desenvolvimento Econômico Social e Industrial. Assumiu o Ministério em plena ocorrência da segunda crise do petróleo (1979-80) A partir de quando o País teve de redobrar seus esforços no sentido de combater a inflação reequilibrar o Balanço de Pagamentos reduzir nossa dependência de energia importada e sobretudo conceber estratégia que possibilitasse o ajustamento da economia brasileira a uma nova realidade econômica internacional. Sua administração enfrentou esse quadro adverso que logo em seguida foi agravado por uma brutal elevação das taxas de juros no mercado internacional pelo aprofundamento da recessão mundial e pela queda de preços de nossos principais produtos de exportação fatores que ampliaram as dificuldades do nosso balanço de pagamentos e da dívida externa. Sem dúvida que um dos mais graves problemas enfrentados foi a crise de 1982 caracterizada pela severa restrição de liquidez nos mercados financeiros provocada pela brusca interrupçãoo dos fluxos normais de empréstimos do sistema bancário internacional para os países em desenvolvimento especialmente em face da retração dos pequenos e médios bancos europeus e norte-americanos. Em virtude desse encurtamento dos mercados financeiros e seus graves desdobramentos o Ministro foi chamado a decidir com seus pares dos demais Ministérios da área econômica a forma de resolver os problemas do Balanço de Pagamentos. 0 recurso ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e a negociação com os credores internacionais foram os caminhos seguidos pelo Brasil com razoável sucesso para o que muito contribuiu seu prestígio pessoal bem como sua experiência serenidade e habilidade de negociação.
Publicou vários livros além de inúmeros artigos e estudos de Economia e Política econômica em jornais e revistas nacionais e estrangeiras; na sua bibliografia destaca-se o seguinte:
- Brasil - fronteira do desenvolvimento. Rio de Janeiro APEC Ed. 1974
- Brasil - inflação e desenvolvimento.
- Brasil: economia aberta ou fechada? Rio de Janeiro APEC Ed. 1982.
- Aprendiz de empresário Rio de Janeiro Livros Técnicos e Científicos Editora S/A 1983.

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