quarta-feira, 30 de março de 2011

2011 - 100 anos de Newton Braga

Nasceu em 11/08/1911, na Fazenda do Frade, no município de Cachoeiro de Itapemirim, no Estado do Espírito Santo, filho de Francisco Carvalho Braga e Raquel Coelho Braga. Poeta, cronista, jornalista, advogado. Fez os estudos primários no Colégio "Nossa Senhora da Penha", na "Escola do Centro Operário e de Proteção Mútua", em frente à casa dos pais, na rua 25 de março, em Cachoeiro e os secundários no Colégio "Pedro Palácios".Bacharel em Direito pela Universidade de Minas Gerais, em 1932, foi colega de Cyro dos Anjos, Guilhermino César e Tancredo Neves. Iniciou-se no jornalismo ainda estudante em Belo Horizonte, escrevendo reportagens e crônicas nos "Diários Associados". Foi também na capital mineira que publicou seus primeiros poemas.Na volta a Cachoeiro passou a dirigir o jornal "Correio do Sul", fundado por seu irmão Armando e tornou-se titular de Cartório. Manteve também, durante algum tempo, na imprensa do Rio de Janeiro, uma coluna de crítica literária e, no Suplemento Literário do "Diário de Notícias", uma coluna de casos e epigramas. Em 1939 criou o "Dia de Cachoeiro", que desde então é a maior festa da cidade, e que inspirou promoções idênticas instituídas mais tarde em quase todas as cidades do Espírito Santo e algumas de outros Estados. Em 1959 transfere-se para o Rio de Janeiro. Trabalhou como redator de publicidade e de jornalismo na TV Tupi, como copy-desk e redator do "Mundo Ilustrado", onde escrevia sob pseudônimos. Foi chefe do Serviço de Relações Públicas da Secretaria de Saúde do Estado. Trabalhou na Rádio Ministério da Educação, publicou artigos em revistas como "Chuvisco", "Publicidade e Negócios" e "Senhor". Faleceu. no dia 01/06/1962, aos 51 anos, no Rio de Janeiro. É o patrono da cadeira n. 2 da Academia Cachoeirense de Letras. Amante da vida provinciana, imortalizou Cachoeiro de Itapemirim, através de suas crônicas e poemas. Num preito à memória de Newton Braga, a Academia Cachoeirense de Letras criou um prêmio com seu nome, denominando-se a instituição, daí em diante, Casa de Newton Braga.


OBRAS:

"Lirismo perdido" (coletânea de poemas publicados na imprensa capixaba, mineira e carioca, durante mais de 10 anos) - Leitura, Rio de Janeiro, 1945.

"Histórias de Cachoeiro" ( visão panorâmica dos principais aspectos históricos, geográficos, sociais e literários ligados a sua cidade natal) 1947.

"Cidade do interior" (contém uma seleção dos casos e epigramas, publicados no "Diário de Notícias", do Rio de Janeiro), Cadernos de Leitura/MEC, Rio de Janeiro, 1959.

"Poesias e Prosa" (volume póstumo, organizado por seu irmão Rubem Braga, incluindo textos e poemas das obras anteriores, além de novos casos e epigramas. Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1963.

Traduziu Gente da Terra, de Agnes Smegley, para a Editora Leitura.


POESIAS:

NAMORADOS

Quis ser sincero uma vez. Tomei-lhe a mão entre as minhas,- como nas velhas baladas -pousei meus olhos nos seus,- como nas velhas cantigas -e lhe falei, docemente, verdades desconsoladas:- Tu não me és indispensável mas me fazes bem.Eu te quero um pouco de amor, um pouco por hábito.Não és a que eu esperava, mas sentirei, se tu partires.Percebi uma promessa de lágrima nos olhos dela e meacovardei:- Mentira, querida. Tu és o meu primeiro, o meu único amor;O meu sol, a minha razão de ser.Mentiras já tão bisadas...Tal qual nas velhas cantigasTal qual nas velhas baladas... ORAÇÃO

Quando o poeta sentiu que todos os deuseseram pequenos demais e feitos à feição humana,e que cada homem tinha um deus diferente,ora forte e cruel,ora fraco e impotente,ora todo vingança, ora todo perdão,então ele fez a si mesmo a sua oração:- Poeta, que eu seja sempre poeta,pela glória simples de ser poeta e de saber cantar;que me dês segredo da suprema ironiae da profunda piedade,e a soberba humildadede ser só e de saber sonhar. MOTIVO

Cadê, moço, aquela coragem de outros tempos,aquela ligeireza de gestos, tão elástica,aquela ousadia cheia de sorrisos confiantes?cadê, moço, a alegria ruidosa de antigamente,aquele ar seguro de triunfo de teus olhos,aquela espontaneidade, aquela despreocupação,aquele aprumo no andar?Quem te fez tão outro assim?Pensei, com tristeza, no outro eu que ficou lá para trás(tão longe...)Pensei com tristeza...Ia responder a tudo com um nome de mulher.Mas respondi apenas: A Vida. INFÂNCIA

Infância...Punhado de areia fina, alvae cristalinaque a gente tenta, em manhã de sol,fechar na mão,e que vai pouco a pouco, lentamente,se escoandopor entre os dedos esguios.Enfim,quando percebemos que já bem poucoresta do muito que tivemos, e queremosdeter na quedao pouco que sobrou, já não podemos...já é tarde demais...Era tão bomse a gente pudesse apanhar outro punhado... DESALENTO

Tarde. Pedaços de cor perdidos no céu.Nuvens claras, bojudas e leves,como grandes angorás sonolentos.Estremecimentos quase imperceptíveisno cajazeiro crespo.Andorinhas em revoluteios.A buzina de um carro que passa.Uma luz inútil e incolor.Mamoeiros erguendo as folhas para o céu,como cálices verdes.Crianças jogando bola de borracha.O relógio oficializa o crepúsculo,com cinco pancadas. SEGUE TEU CORAÇÃO

Ouve teu coração!Deixa que contra ti a voz do mundose levanteFalem as conveniênciasArgumente o raciocínio.Esquinas, abismos, avalanches, tempestadesjunquem o teu caminho, ferozmente,numa pesada maldição!E ruja o mundo, pare a vida, os céus desabem!Embora! Segue teu coração! VONTADE

Eu queria ser um pouco mais igual a todo mundo.Queria ser um sujeito simples,De ambições determinadas,De dores pouco profundas,De sentimentalismo menos doentio.Queria viver sem essas complicações interiores,Sem o martírio do pensamentoE da sensibilidade,Com a despreocupação ingênua dos primitivosE dos imbecis.Queria acreditar em todas as verdades femininas,Na sinceridade de todos os amigosE na pureza de todos os aplausos e de todas as pedradas.Queria ser amado, como toda gente,E, como todos, variar no amor, despreocupadamente.Eu queria ter a alma simples, simples.Tão simples que certamente numa tarde como esta,Eu diria para mim mesmo:Eu gosto da vida. A vida é boa.E é possível que eu acreditasse. EU, A VIDA E A MORTE NA ALAMEDA SEM FIM

Eu vou entre duas mulheres na alameda sem fime há risos e lágrimas, dores e alegrias,glórias e fracassos, fausto e miséria,encanto e melancolia, na alameda sem fim.Eu vou entre duas mulheres na alameda sem fim.A da frente é linda e má.É ela quem me guia na alameda de imprevistos.E porque ela é linda, e porque ela já me tem feito sofrer muito,eu não tenho coragem de abandoná-la.E eu vou, quase cego, na curiosidade e na esperançade seus lábios e de sua nudez.Eu vou entre duas mulheres na alameda sem fim.A que vem atrás de mim, eu não a conheço bem.É vaga, impalpável, imaterialEu as vezes tenho a impressão de que ela seja minha sombra.Tem gestos suaves de irmã de caridade,E acaricia, com a mesma ternura, grandes e pequenos,príncipes e mendigos, poetas e salteadores.Quando eu me cansar ela me levará nos braços.Eu vou entre duas mulheres na alameda sem fim. VELHA CANOA

A velha canoa recorda, na areia,de proa voltada para o mar,a vida tão cheia de coisas:-de flores e pássaros- na terra natal...o manso nordeste, a brisa terral,o sul perigoso, as horas difíceis de alto mar,as noites tão brancas de lua tão grande..."Patativa", "Fé em Deus", "São João", "Se Deus quiser","São Sebastião", "Divino", "Boa Sorte", "São Geraldo"...as outras canoas, mais moças que ela,não olham nunca para trás.Estão todas voltadas para o mar,pensando na saída de madrugadinhapara a pesca na enseada.As maiores vão lá fora, velas cheias, orgulhosas:muitas delas têm histórias que já podem ser contadas.Só a velha canoa nunca mais, nunca maisO mato miúdo da praiacresceu à sua sombra, vai se pegando nos seus bordos,vai fazendo a sepultura verde de seu casco.Lembra dos tempos de floresta,do seu anseio de partir, libertar-se das raízes,dos cipós, das trepadeiras.Lembra do eco dolorido da primeira machadada,das torturas dos serrotes, dos martelos e dos pregos...E da Festa do Divino, toda pintada de azul,toda enfeitada de papel de cores,de fitas e bandeirolas...E do choque da primeira onda...As tempestades que venceu... certas noites de luar...certas histórias de sereias...E aquela moça morena que de tardevinha p'ra beira da praiaesperar sua chegada...Trinta, quarenta anos, todo dia para o mar...Mas no fim de tanta vidaa proa de corta ondasfoi pelas ondas vencida.A velha canoa, na areia,quando o sol poenta silhieteia sua proa rebentadacomo se fossem dois braços estendidos para o mar,há de pensar, com certeza,na infinita tristeza de não poder mais navegar:-Se um dia a maré subisse, viesse aqui me buscar... QUANDO VOLTARES...

Quando voltares para o meu amor;quando a figura esguia de meus sonhosreaparecer materializadano teu corpo esguio de mulher;quando eu sentir, de novo, nos meus olhos,a brasa sob cinza de teus olhos,a palpitar, entre meus dedos, tua mão nervosa,a irradiar a vibração confusa de teu ser;- eu te direi, se conseguir falar,que não foi nada, para mim, esta distância,que sofri, com prazer, a tua ausência,que nem me lembro se senti saudades,se vivi inquieto, se me entristeci,e que isso tudo esmaece e se evapora,ante a alegria de te ver voltar. PERDOA, MÃE

Perdoa, mãe, se este poema provocar uma lágrima.(São tantas as que já te causei...)A noite caiu há pouco e eu estou só:é desculpável que eu tenha os olhos úmidos,Eu bendigo, mãe, tudo o que veio de ti,que é mais do que tudo que eu tenho de meu.Eu bendigo até mesmo essa tristeza que vemcomigoirremediavelmente,porque ela é mansa e doce,e porque ela me ensina a querer bem aos homens meus irmãos.Hás de ainda, talvez, lágrimas e lágrimasderramar por mim.E eu peço a Deus, mãe,que as lágrimas que eu chorar por ti,sejam somente de penado que penaste por mim. O MAL QUE TE DESEJO

Bem sabes que, se um dia, na estrada da vida,o destino me destacasse entre os humanos,como um eleito sobrenatural,e colocasse ao alcance de minhas mãos vaziasa flor raríssima e sonhadaque os homens chamam de felicidade,eu a colheria, carinhosamente,e iria depositá-la a teus pés,como oferenda de meu pobre amor.Bem sabes que, se eu pudesse captartodas as maravilhas do universo:- os mundos imaginários dos poetas,- os perfumes mais embriagadores,- as harmonias mais puras e mais sentidas,- a beleza da serenidade interior,- o segredo da alegria eternae da glória imortal;eu dar-te-ia tudo e me envergonhariade ser tão mesquinho.Bem sabes que, se eu percebesse que o meu amorte fosse um estorvo ou um aborrecimentoque o não descobriria mesmo quem descesseao mais fundo de meu ser.No entanto, eu te desejo um mal,eu te desejo um sofrimento enorme, sem remédio:- perdoa: que tu sentisses, de mim,a saudade que sinto de ti. A ALEGRIA DA CHUVA

E os poetas contam que a chuvaé o pranto da natureza,que é melancolia, que é tristeza.Mentira!Vê, lá fora, a alegria da chuva,a alegria das andorinhas moleques,em picolé, pega-pegas, esconde-escondes!Vê como as árvores têmsorrisos verdes de alegria,agitando os braços, como crianças satisfeitas!Vê a gritaria dos meninos,chapinhando as poças d’ água lá da rua!Vê o brinquedo alegredos pingos d’água nos fios elétricos!Vê...Vê essa carta que recebi do meu amor... E ENTÃO, CERTO DIA, POR ACASO...

...e então, certo dia, por acaso,nós nos veremos, de novo, frente a frente.Cada qual estará algemado a outros destinose parecer-nos–á que andamos às tontas, muitotempo,e que as estradas que julgávamos familiares e imutáveiseram mundos estranhos em que vivêramossonâmbulos.Um pequenino detalhe qualquer, vago, impreciso- o meu modo de olhar, teu jeito de sorrir,um gesto, uma expressão, um desses quês inapagáveis -reacenderá, talvez, por um momento,a memória de outros tempos e outros sonhos.Sim: apenas por um momento.Voltaremos logo ao presente, voltaremos apressadamente a nósmesmos,com teimosia e rancor,com o sobressalto, o desamparo, o desesperode quem, mesmo sabendo inútil, vão,quer impor, com o cérebro,o ritmo com que o coração deva bater.- e então cada qual continuará o seu caminho,pisando firme, com decisão, obstinadamente;- nenhum dos dois olhará para trás. CANTO DE GLÓRIA

Qualquer que seja o teu destino;quaisquer que sejam os rumos de nossas vidaspor mais desencontrados;por mais que o não queirase eu não queira;por mais que a sorte nos afaste;por mais que as multidões e os quilômetrosse interponham entre nós dois;por mais que tu me queiras odiare eu queira te esquecer,tu hás de ser sempre, eternamente,a amada do poeta.Sofrendo e cantandoeu te diferenciei de todas as mulherese, com a minha arte, eu te levarei,talvez não como tu és, mas como eu te criei,através das distâncias e através das gerações,na ronda secular das minhas emoções,futuro adentro, terras além! REVELAÇÃO

A gente vai vivendo...Um dia, de repente, sente-se um ar estranho em tudo,um sentido novo nas coisas da vida:- Como brilham as estrelas!- Que música tão triste!E certos pedaços de paisagens,certos minutos de fuga e abstração,um anseio vago, indefinido...Tudo vai tornando o jeito da revelaçãoe na alma há deslumbramentos súbitose vazios incompreensíveis.Percebe-se então, subitamente,que foi o amor que veio vindo, pouco a pouco,e tomou conta, totalmente,da alma da gente. FANTASIA DE MANHÃ CHUVOSA

A chuva molharia os teus cabelos,desceria em gotas pelo teu rosto,encharcaria o teu vestido.Tu virias tímida e arrepiada,e te chegarias muito a mim.Eu teria a impressãode um raio de sol inundando o meu jardim,povoando de maravilhas a minha solidão. NA NOITE MORTA

A insistência desse violão:(Na noite morta, fria, estrelada,como faz mal essa toadatriste, dolente, que erra no ar,que vem direta, fina, doente,envenenar a alma da gente!)A insistência dessa saudade!... FELICIDADES

e eu lhe dissesse tudo o que sentisse,- tudo o que o coração sente mas não diz - ,e se você sentisse tudo o que eu dissesse,que me faltaria, que lhe faltaria para ser feliz? MORTE

Morrerei criança.Aos poucos, lentamente, despercebidamente,Como uma vela que se extingue ao meio-dia.Assim...Nessa hora em que o sol põe molezas sonolentas no corpo,E há uma dormência pesada na natureza.Lençóis bem alvos.Janelas bem abertas.Morrer aospoucos...lentamente...despercebidamente...E a minha mocidade resignada se revoltará no último minuto:- Não! Eu não quero morrer.Quero viver! Viver!Há tanta coisa por viver!U'a mão passará leve, sobre minha fronte:- Fica quieto, meu filho. Dorme, eu estou aqui.Não fales assim, meu filho...E pensarão que adormeci... EU QUERO MINHA TRISTEZA

A criança está chorando.Desapareceu sua boneca feia, de pano,desajeitada e maltrapilha.Ofereceram-lhe bonequinhas carasque dizem papai e mamãe,que fecham os olhos para dormir,e que vivem vestidas de rendas.Mas meninazinha continua chorando,porque desapareceu sua boneca de pano.(Me deram amor, me deram alegria.Eu quero é minha tristeza.) VAZIO

Minuto vazio e estagnado da minha vida.Minuto sem nada.Nem dor. Nem vontade. Nem prazer. Nem esperança.Minuto vago como os três pontos de reticência...Não há motivo para um sorriso ou para um soluço.Não quero nada mas sinto que falta qualquer coisa.Minuto imóvel, refletindo o tédio da minha almacomo o pântano reflete, embaciada, a luz de um astro.Minuto infinito da minha melancolia... FUGA PARA NÃO SEI ONDEM

e leve, minha poesia.Me leve, para onde for.Quero partir com vocêpra fora deste horizonte,deste horizonte tão curto.Já cansei de minha terrajá cansei de meus amigose do meu tempo também.Me mostre países longes,me mostre cidades novasmulheres que não conheço.Eu já cansei de parare já cansei de pensar.Não tenho finalidades,projetos e aspirações.Eu sou sozinho sozinho.Eu quero apenas andarandar sem motivo algumpor esse mundo de Deuspra ver se encontro esse Deusque nem Deus até eu tenho.Quero fugir com vocêe vivendo só pra você ver terras que nunca vique sem você não verei.Eu lhe darei roupas novasenfeites de todo jeito.Você terá tudo enfim. HÁ UMA ALMA DOLOROSA

Eu não quero um pensamento, neste poema.Quero que ele seja puro e eternocomo este instante que passa.Qualquer subjetivismo turvará a beleza da tarde.Poderá manchá-la, qualquer pensamento.Quero conservar o crepúsculo, neste poema,ingênuo, primitivo e simples,sem que tome parte nele a alma do homem.Não, os sinos não tocam:qualquer ruído ferirá a tarde.Há uma quietação de folhas paradas,de pântanos estagnados,de espíritos suspensos.Mas vem de longe (de onde?)o som diluído de um piano,e trouxe consigo uma emoção qualquerque me veio turvar a quietude da almae trazer à tona todas as saudades,as velhas, as irremediáveis saudadesque eu desejaria conservar imóveis, imóveis,bem no fundo do ser,numa quietação de folhas paradas,de pântanos estagnados,de espíritos suspensos...Mas não me deixe aquisofrendo comigo só.Me leve para onde forsó com você sou felizsem você não sei viver.Me leve, minha poesia,me leve para onde for.1095 - HÁ UMA ALMA DOLOROSA... Newton Braga Eu não quero um pensamento, neste poema. Quero que ele seja puro e eterno como este instante que passa. Qualquer subjetivismo turvará a beleza da tarde. Poderá manchá-la, qualquer pensamento. Quero conservar o crepúsculo, neste poema, ingênuo, primitivo e simples, sem que tome parte nele a alma do homem. Não, os sinos não tocam: qualquer ruído ferirá a tarde. Há uma quietação de folhas paradas, de pântanos estagnados, de espíritos suspensos. Mas vem de longe (de onde?) o som diluído de um piano, e trouxe consigo uma emoção qualquer que me veio turvar a quietude da alma e trazer à tona todas as saudades, as velhas, as irremediáveis saudades que eu desejaria conservar imóveis, imóveis, bem no fundo do ser, numa quietação de folhas paradas, de pântanos estagnados, de espíritos suspensos... Mas não me deixe aqui sofrendo comigo só. Me leve para onde for só com você sou feliz sem você não sei viver. Me leve, minha poesia, me leve para onde for. FRATERNIDADE

É tua esta cantiga, meu irmão mendigo.Meu irmãozinho jornaleiro, bom dia.E tu, varredor de ruas, ouve esta canção.Carvoeiro, saxofonista, guarda-chaves:-é esta a oração da minha solidariedade.Não, meu irmãos, não é comício eleitoral,é o desabafo dessa onda de ternura que me invade,e transborda pelo olhos, ao pensar nas vossas vidas miseráveis,em vossas vidas anônimas em que ninguém se fixa.Bombeiro, que despertas precípite para ir ao fogo;guarda-noturno que dormitas de pé, na noite fria;linotipista que passas as madrugadas martelando as colunas dos jornais,operário que conservas o calor no forno da olaria;sertanejo que capinas aos mei-dias escaldanteseu compreendo, e, porque comporeendo, exalto o vosso heroísmo perdido,a vossa resignação quase bovina,esse jeito de sofrer a que já vos acostumastes.Eu sinto as vossas lágrimas, meus irmãos desgraçados,e me embriago convosco, e vou convosco às macumbas e aos cangarês,buscar um remédio para a minha vida e para a minha dor.Meus irmãos sem nome, meus irmãos de vida obscura e desconhecida,tendes felicidades que eu não tenho:tendes um deus que vos faz crer nele,tendes uma alma sem ambições desvairadas,tendes esperanças... tendes ilusões...E só o que eu tenho, e que vós não tendes,-que consolo triste!-é esta sensibilidade dolorosa que se comovecom misérias que âs vezes mesmo os que as carregam desconhecem,esta sensibilidade que é uma antena delicadíssima,captando pedaços de todas as dores do mundo,e que me fará morrer de dores que não são minhas.


FONTES: BRAGA, Newton. Histórias de Cachoeiro, 2ª edição. Vitória. Fundação Ceciliano Abel de Almeida/UFES/Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, 1986. PACHECO, Renato. Os Braga de Cachoeiro, Vida Capixaba, Vitória, n. 613, junho de 1951.A Poesia Espírito-Santense no Século XX, organização, introdução e notas de Assis Brasil, 1998.

NELSON SYLVAN


Ele dedicou 40 anos de sua vida ao Centro Operário e ajudou a fundar o Instituto Histórico e Geográfico, além de atuar na Academia Cachoeirense de Letras por 20 anos. Faleceu em 2010, aos 98 anos.

Lei Mestre João Inácio: folclore reconhecido

Mais cinco mestres e um grupo de folclore de Cachoeiro de Itapemirim vão receber o título de patrimônio vivo do município. São representantes do caxambu, da capoeira e da folia de reis que terão suas trajetórias de guardiões da cultura popular reconhecidas pela prefeitura, por meio da Lei Mestre João Inácio. A certificação será realizada na segunda-feira (28/03/2011), às 8h30, no gabinete do prefeito Carlos Casteglione. Hildo Caetano e Adevalmira Adão, mestres de caxambu há 66 e 56 anos, respectivamente, encabeçam a lista dos contemplados. Ele integra o “Alegria de Viver”, de Vargem Alegre, e ela, o “Santa Cruz”, de Monte Alegre, grupos de caxambus reconhecidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônios imateriais do Brasil. Os mestres de folias de reis Areno Francisco dos Santos (Mensagem Divina) e Wilson Diniz (Missão Divina), de Burarama, também serão certificados, assim como os representantes da capoeira mestre Paulo Henrique Silva e a Associação Cultural e Educacional de Capoeira Filhos da Princesa do Sul. A escolha dos contemplados foi feita pelo Conselho Municipal de Registro do Patrimônio Vivo, no início deste mês, depois da análise dos dez representantes da cultura popular que se inscreveram para receber o título. Todo ano, o conselho escolhe seis mestres ou grupos para serem reconhecidos. Além de ganharem reconhecimento, os escolhidos vão desenvolver atividades para repassar seus conhecimentos e técnicas em suas comunidades. O objetivo é que as manifestações folclóricas que eles representam se fortaleçam e se mantenham vivas. “A partir de agosto, mês do folclore, eles e os outros seis certificados no ano passado vão realizar várias ações educativas. Também teremos nesse período outras atividades importantes para a cultura popular de Cachoeiro”, explica o subsecretário de patrimônio cultural da prefeitura, Genildo Hautequestt Filho. Lei é única no estado em nível municipalA Lei Mestre João Inácio foi ativada em 2010 pela prefeitura com o propósito de manter vivas e valorizadas as expressões culturais mais tradicionais do município. É a única do estado voltada para o reconhecimento do patrimônio imaterial da cultura popular, em nível municipal. Receberam o título de patrimônio vivo no ano passado as mestras de caxambu Canuta Caetano, de Vargem Alegre, Maria Laurinda Adão, de Monte Alegre, e Niecina Ferreira de Paula Silva (D. Isolina), do bairro Zumbi. Os irmãos Izaías e Adílio Quirino da Silva, mestres de bate flechas e charola de São Sebastião do distrito de Burarama, também foram contemplados, assim como a Associação Desportiva e Cultural de Capoeira Navio Negreiro.

Conheça um pouco mais sobre os contemplados pela Lei Mestre João Inácio: Hildo Caetano – Aos 80 anos, é um dos mestres de caxambu com mais tempo de atividade no Estado. Está à frente do grupo de caxambu Alegria de Viver, de Vargem Alegre, distrito de São Vicente, há nada menos que 66 anos. Divide a liderança do grupo com a irmã, Canuta Caetano, que recebeu o título de patrimônio vivo em 2010. Toca caxambu, tambor que dá nome ao folguedo.

Adevalmira Adão Felipe – Mestra do grupo de caxambu Santa Cruz, de Monte Alegre, distrito de Pacotuba, há 56 anos. Tem 70 anos e é irmã de Maria Laurinda Adão, contemplada com o título no ano passado. Adevalmira é a única mulher do Estado que toca o caxambu (tambor).

Associação Cultural e Educacional de Capoeira Filhos da Princesa do Sul – Promove atividades de ensino da capoeira há 32 anos, principalmente no bairro Amaral. É o maior, mais antigo e respeitado grupo da cidade. Desenvolve trabalhos sociais com crianças e jovens carentes.

Paulo Henrique Silva Monteiro – Mestre Paulinho, como é conhecido, se dedica ao ensino da capoeira há 14 anos, mas há 37 pratica esse folguedo de origem africana. Aos 47 anos, é também mestre de maculelê e samba de roda. Areno Francisco dos Santos – Participante de folias de reis há 56 anos, tornou-se mestre há dois anos da folia Mensagem Divina, em Jacu, distrito de Burarama. Tem 66 anos. Dono de saberes e fazeres dessa expressão folclórica, inspirou e inspira o surgimento de novas gerações de foliões.

Wilson Diniz Cecon – Com apenas 22 anos, é o mestre de folia de reis mais novo do Espírito Santo. Iniciou nesse folguedo bem cedo, com 10 anos. Junto com outras crianças, formou em Burarama, onde mora, o grupo de folia de reis Missão Divina, do qual é mestre há oito anos. Hoje adolescentes, os membros do grupo ajudam a manter viva a tradição folclórica das folias.

Suplentes:

1º) José Paulino da Silva, palhaço da Folia de Reis Santa Ana, que iniciou sua trajetória há 31 anos.

2º) Neuza Gomes Ventura, mestra do grupo de Caxambu Santa Cruz há 41 anos.

3º) Pedro Paulo Caetano, mestre do Caxambu Alegria de Viver de Vargem Alegre há 30 anos.

4º) Sirlei Alves de Souza, artesã há 16 anos.

Livro inédito, reedições e selo para centenário de Newton Braga

O centenário de Newton Braga vai ser comemorado com muitas ações em Cachoeiro de Itapemirim. Para homenagear o poeta, que completaria 100 anos em agosto próximo se estivesse vivo, a prefeitura prepara o lançamento de seis publicações, selo comemorativo, exposição de artes plásticas, debates sobre o “bairrismo”, entre outras atividades. As ações foram apresentadas pela Secretaria Municipal de Cultura (Semcult), na manhã desta sexta-feira (25/03/2011), na Sala Levino Fanzeres, com a presença de escritores e agentes culturais da cidade. Entre as publicações que serão lançadas está o título inédito “Uma Voz da Província”, com artigos de crítica literária de autoria de Newton, escritos para a imprensa carioca. Três dos principais livros do escritor serão reeditados: "Lirismo Perdido", de 1945, "Histórias de Cachoeiro", de 1947, e "Cidade do Interior", de 1959. Completam a lista de publicações um dossiê com fotos, depoimentos e recortes de jornais sobre o escritor, preparado pelas filhas dele, com a colaboração da jornalista Helena Caroni, e uma edição especial com os perfis de todos os contemplados com o título de Cachoeirense Ausente (honraria criada por Newton), material produzido pela Secretaria Municipal de Comunicação Social. “Todos os livros serão lançados no dia 11 de agosto, aniversário do nascimento do escritor, exceto a edição dos cachoeirenses ausentes, que vamos lançar no dia 24 de junho, durante as comemorações da festa da cidade”, informou a secretária municipal de Cultura, Cristiane Paris. Bairrismo vai ser discutidoEstão previstos também para agosto o lançamento do selo do centenário, criado pela artista gráfica Rachel Braga, filha de Newton, além da realização de uma mesa redonda sobre o “bairrismo”, marca registrada do escritor, que dedicou parte de sua obra a sua cidade natal e inventou o Dia de Cachoeiro, comemorado no dia 29 de junho. Na escola municipal que leva o nome do autor, os professores vão desenvolver ações pedagógicas voltadas para a obra e a vida dele. Também será confeccionado um caderno com imagens de patrimônios centenários do município e versos do poeta para distribuição nas unidades da rede municipal. Ainda dentro das comemorações do centenário, a Sala Levino Fanzeres vai receber uma exposição individual da artista Maria Helena Nemmer, só com retratos de Newton Braga em aquarela. “Temos certeza do valor histórico e das contribuições de Newton para o processo de formação da identidade do cachoeirense. Por isso preparamos essa série de ações, para homenageá-lo de forma justa”, disse o prefeito Carlos Casteglione. O prefeito também destacou a importância do encontro promovido pela Semcult para garantir a participação dos agentes culturais locais na preparação da programação do centenário. “Atos como esse da Semcult fortalecem os laços da prefeitura com a sociedade”, destacou. Novas propostas podem ser acolhidas Marcaram presença na reunião os escritores Evandro Moreira, biógrafo do escritor, e Athayr Cagnin (ambos contemporâneos de Newton Braga), o presidente da Academia Cachoeirense de Letras, Solimar de Oliveira, representantes do Instituto Newton Braga e o vereador David Loss. Eles fizeram suas considerações, sugestões e aprovaram a iniciativa da prefeitura. “Newton é a própria alma cachoeirense. É o grande construtor da história de Cachoeiro. Merece ter sua memória resgatada. O momento de se fazer isso é esse”, apoiou David Loss.

Palácio Bernardino Monteiro


O Palácio Bernardino Monteiro localizado na Praça Jerônimo Monteiro nº 32, centro da cidade, onde funcionou a Escola Bernardino Monteiro, inaugurada em 1912, no governo de Jerônimo Monteiro funciona atualmente a sede do Governo Municipal. O Palácio conta com espaços culturais de relevante importância para Cachoeiro de Itapemirim. Nele estão localizadas a “Sala Levino Fânzeres”, disponibilizada para exposições artísticas, científicas, culturais, lançamentos de livros e outros eventos. Está localizada ainda a “Sala dos Prefeitos”, que expõe fotos de todos os prefeitos que administraram a cidade, desde 1914. Um acervo de incomensurável importância dentro do contexto histórico-cultural do município, fonte de pesquisa para estudantes, educadores e afins, desenvolvido dentro do projeto Resgate e Registro, da atual administração.

O imóvel é um patrimônio histórico, tombado pelo Conselho Estadual de Cultura - CEC em 06/08/85.


(Processo nº 01/85. Inscrição no Livro de Tombo das belas Artes, nº 5, Folha 02 e no Livro de Tombo Histórico, nº 84, Folha 10.)

BANDA REZZA


Criada em 2002, em Cachoeiro do Itapemirim-ES, a banda Rezza é formada por Valdinei Guimarães (vocal), Ederson Farley (guitarrista solo), Eloir Mendes (guitarrista base), Renato Lucas (baixo), Maurício de Souza (bateria) e Rhamon Macedo (Teclados). Levar ao Brasil um som de altíssima qualidade e letras que falam sobre o amor de Deus, a experiência com a eucaristia, o perdão e o relacionamento familiar, além de muito de louvor e adoração. Essa é a proposta de Bem-Aventurados, primeiro CD da banda Rezza, novo lançamento da gravadora CODIMUC. Com um estilo pop, que lembra a banda Anjos de Resgate, no meio católico, e Roupa Nova, no meio secular, o grupo capixaba chega ao cenário nacional da música católica trazendo muita personalidade e autenticidade. Com 13 faixas, Bem-Aventurados tem como destaques as músicas Filho (Valdinei Guimarães/Rhamon Macedo), que toma o exemplo da parábola do filho pródigo para falar da história de conversão dos membros da banda; Adorador (Valdinei Guimarães/Rhamon Macedo), que leva as pessoas a uma experiência pessoal com a eucaristia, e a faixa tema do CD, Bem-Aventurados (Cacá Areias), que com um ritmo contagiante fala da realidade de quem luta pela conversão. Também se destaca a faixa Vento do Espírito (Valdinei Guimarães/Rhamon Macedo). Com uma batida impetuosa e guitarras inflamadas, a música pede: Espírito Santo de Deus, vem transformar o meu coração, vem o milagre operar: vaso novo em tuas mãos. Com arranjos e produção musical de Rhamon Macedo e Marcelo Duarte (tecladista da banda Anjos de Resgate), o disco conta com as participações especiais da cantora Dayana, de Aura Lyris, vocalista da banda Beatrix, Guilherme de Sá, vocalista da banda Rosa de Saron, e do próprio Marcelo Duarte, na faixa Comunhão (Anderson Freire).


Discografia:

Bem Aventurados


Sites:


Comunidade Quilombola de Monte Alegre


A Comunidade Quilombola de Monte Alegre fica a 37 quilômetros do centro de Cachoeiro de Itapemirim, pela ES 482, no trecho que liga Cachoeiro a Alegre. A entrada é no trevo de Burarama. Para chegar à comunidade, o caminho fica á direita, na altura da fazenda experimental do Incaper e são 5 quilômetros de estrada de chão. A comunidade foi formada no final do século XIX, por volta de 1888, ano da Abolição da Escravatura no país, e representa um importante momento de resgate cultural e forte significação para os seus descendentes. A comunidade é formada por aproximadamente 600 pessoas, dessas, pelo menos 500 são descendentes diretas de escravos.A comunidade tem seus atrativos como: a capoeira dança afro e o Caxambu - dança popular africana de letra simples e forte significação, que embala o turista pela música e as fortes batidas dos tambores, os turistas, que visitam a comunidade, ocupam o centro da roda e mergulham na cultura e na história desses descendentes. A comunidade trás opções de caminhadas em trilhas ecológicas e interpretativas no interior da Floresta Nacional de Pacotuba. No decorrer da trilha poderão se observadas árvores nativas que por suas dimensões são estimadas em mais de 500 anos, além de plantas com propriedades medicinais e a possibilidades de observação de animais silvestres nativos da Mata Atlântica, como o Macaco Prego, Bugio (barbado) e esquilos. A comunidade oferece ainda, uma rica gastronomia afro-brasileira servida no almoço com pratos típicos como: angu de banana verde com bacalhau, feijoada e pela égua.


As visitas são agendadas pelo tel.: (28) 9917-0842 ou (28) 9917-0842, falar com Leonardo Ventura.

DUDA FELIPPE


Duda Felippe , cantora, compositora e instrumentista, nascida em Cachoeiro de Itapemirim- ES, caiu na estrada em maio de 2003, como muitos, nos bares da vida com apenas violão, gaita e sua aveludada e afinada voz.A cada dia com aumento de contratação para eventos, festas e Formaturas, sentiu a necessidade de ampliar o instrumental do seu trabalho formando então Duda Felippe & Banda, onde conseguiu mudar a concepção de “musico da noite”, procurando sempre inovar levando para o palco uma grande dose de alegria associada à competência. A Banda se apresenta em formato elétrico e acústico, com formação completa de 6 (seis músicos) ou em formato reduzido 3 (três músicos) tem como componentes (vozes, gaita, violão, guitarra solo, baixo, percussão, bateria e teclado).O mais importante na concepção da Banda é o repertório, onde sua meta é representar o Brasil em todos os ritmos do Oiapok ao xuí, sendo bastante eclético, com musicas de conhecimento popular e releituras com arranjos diferenciados com um toque de personalidade, sendo sua essência básica voltada para MPB, pé de serra, pop rock, reggae e axé. Esse pensamento tem feito de cada show um verdadeiro espetáculo de alegria e saudade.Com uma Equipe técnica competente, Duda Felippe & Banda conta com equipamentos e instrumentos de qualidade, iluminação, estrutura de alumínio e todo aparato necessário para atender a eventos especiais.Lançou o seu Primeiro Disco em Dezembro 2010, Titulado Duda Felippe No Céu de Cachoeiro com incentivo fiscal da Lei Rubem Braga. Quanto a projetos futuro, esta previsto o lançamento em 2012 do segundo álbum já em andamento em Studio com 04 faixas gravadas e o DVD do álbum No Céu de Cachoeiro.Participou de alguns projetos culturais e shows como Projeto palco livre Chikilo onde iniciou sua carreira musical, Projeto nossa Terra nossa historia da escola Presidente Getúlio Vargas, expetáculo musical e teatral “todas as mulheres” onde participou juntamente com o grupo Fazendo Gênero e projeto cultural da UCM “União Cachoeirense de Mulheres, Evento Filantrópico Hospital Infantil “Francisco de Assis” “faça uma criança sorrir”, nos Caçadores Carnavalescos, Projeto “noites de poesia participou de 6 edições, Reabertura do Teatro Rubem Braga com o expetáculo “odi a mulher”, Expetáculo emoções do projeto pegou fogo no teatro através da secretaria municipal cultura de Cachoeiro onde recebeu o certificado pela participação, Representou a classe artística no dia internacional da mulher, com o tema “mulher” realizada no Teatro Rubem Braga pela PMCI, 1º e 2º Bienal Rubem Braga , Festa de Cachoeiro PMCI - projeto encontros, Lual poético junto a Prefeitura de Itapemirim , com 3 edições : Itaoca praia, Itaipava e Vila de Itapemirim verão 2008, Festa da Gamboa de Itapemirim, Feira do mármore Vitória e Cachoeiro contratada pela Rosh do Brasil e Cimef ,Caravana cultural de PMCI , Festa Nação Brasil FM 107, Lual de inverno, Verão 2010 junto a Prefeitura de Itapemirim com 2 ( duas) apresentações, Festa de Emancipação de Itapemirim em 2010, Festival da Tilápia em Cachoeiro 2010, Festival de frutos do mar em Iriri 2010, Outubro Rosa Hospital Evangélico, Feira da Bondade 2010, Festa do Beato Anchieta 2010, Natal Solidário 2010 PMCI , verão 2011 Lual Prefeitura de Piuma, Lual em Ubu Prefeitura de Anchieta, Lual em Santa Clara Prefeitura de São Francisco de Itabuana- RJ, Recebeu a Comenda Roberto Carlos pela Camara Municipal de Cachoeiro, Certificado da Lei Rubem Braga pelo Projeto CD no Céu de Cachoeiro. Inúmeras apresentações em eventos entre eles: festa NOA Camburi, Rocha Ativa, Uniodonto, Unimed, Citelux, Policia Militar, Itaunas Granitos, Magnitos, Cefetes, Caixa Econômica, Banco do Brasil, Cefa, Alicante, Ambientales, Itacar Carros, Mundo das Tintas, Pegab, Faci, Facastelo, Itacar Carros, Pegout, Jaraguá, Brumagran, Citagua, Multipel, Baú Peças, Opção Imóveis, Sicoob, Eletrisar, Gransul, Polita, Jacigua Granitos etc...Quando uma empresa decide comemorar suas metas, é muito importante que as primeiras pessoas que acreditem nela seja seus próprios funcionários. Quando decide reunir seus funcionários, ela sabe que tem que ser uma festa de pura alegria, onde cada minuto seja fonte de inspiração e motivação para o bom desempenho do quadro. Nessa hora, nada pode sair errado o evento tem que ser um show e quando o assunto é show, DUDA FELIPPE & BANDA. São mais de quatro anos de experiência e cada dia buscando melhorar.Seus Melhores momentos merecem boa musica, ligue e contrate Duda Felippe & Banda para seu evento. È sucesso garantido.


Discografia:

2010 - No Céu de Cachoeiro


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